Cerca de 400 líderes do Hezbollah estão deixando o Líbano. O destino, segundo uma fonte diplomática latino-americana, é a América do Sul. A informação foi divulgada pelo canal saudita Al Hadath.
A decisão teria partido da própria liderança do grupo libanês. Os países apontados como destino incluem Brasil, Venezuela, Colômbia e Equador.
A fonte ouvida pelo canal é um representante da embaixada argentina no Líbano. Segundo ele, o deslocamento é uma medida preventiva. O grupo teme retaliações contra seus chefes militares após o cessar-fogo com Israel, em novembro de 2024.
Metade dos comandantes, cerca de 200, já teriam desembarcado na região acompanhados de familiares. Os demais devem chegar nos próximos dias.
A mesma fonte afirma que o Hezbollah já tem conexões com organizações criminosas na América Latina. A maioria dessas ligações envolve o narcotráfico.
Isso facilitaria a adaptação dos líderes do grupo às novas rotas de atuação. Até o momento, os governos dos países citados não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Em abril deste ano, o presidente libanes Joseph Aoun afirmou que, a partir de 2025, todo o armamento deverá estar sob controle exclusivo do Estado.
Segundo ele, o desarmamento acontecerá “por meio do diálogo”, com o objetivo de evitar uma nova guerra civil. Aoun também afirmou que o exército libanês já iniciou o fechamento de túneis e a destruição de depósitos de armas ligados ao grupo extremista.
“A comunicação com o Hezbollah é boa e direta”, disse o presidente. “Os resultados são evidentes no terreno.”
A fala provocou reação imediata. O dirigente do Hezbollah Mahmoud Camati respondeu com ameaça:
“Estamos comprometidos com nossas armas, estamos comprometidos com nossa resistência”, afirmou. E citou Hassan Nasrallah, ex-secretário-geral do grupo: “Quem tentar tocar em nossas armas — sua mão será cortada.”
A guerra no oriente médio não se limita aos campos de batalha, ela também se desenrola no terreno das narrativas.
Buscando entender o que está por trás dessa guerra, a Brasil Paralelo decidiu ir ao Oriente Médio e ouvir diretamente as pessoas que estão envolvidas.
O resultado dessa investigação é o documentário From the River to the Sea. A produção oferece uma visão ampla, humana e direta do que está em jogo no conflito.
Entenda, pela voz dos próprios envolvidos, o que realmente está acontecendo na região.
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