Operação internacional
A operação começou por Waterloo, na Bélgica, onde policiais arrombaram a porta e prenderam Landon Germanotta-Mills, 26 anos, apontado como líder do grupo. Ele foi acusado de:
- disponibilização de material de abuso infantil;
- posse de material de abuso infantil;
- disseminação e posse de material de bestialidade.
Germanotta-Mills não pediu fiança e seu próximo comparecimento ao tribunal está marcado para 29 de janeiro.
Ele se identifica publicamente como fundador e editor-chefe do Underground Media Network, site que se apresenta como dedicado a “expor abusos institucionais”.
No mesmo dia, em um bloco de apartamentos em Malabar, na Índia, três outros homens foram presos:
- Benjamin Raymond Drysdale, 46 anos: acusado de usar serviço de telecomunicações para produzir material de abuso infantil, não cumprir obrigações de denúncia e posse de drogas;
- Mark Andrew Sendecky, 42 anos: acusado de posse e acesso a material de abuso infantil;
- Stuart Woods Riches, 39 anos: acusado de guardar e acessar imagens ilegais envolvendo violência sexual com animais, além de material de abuso infantil. Também responde por descumprir regras de monitoramento impostas pela Justiça e por porte de drogas.
Nenhum deles solicitou fiança. Todos permanecem detidos.
Como funcionava a rede?
De acordo com os investigadores, o grupo atuava em plataformas internacionais protegidas por criptografia. Os símbolos de aparência ritualística usados nas conversas funcionavam como um tipo de código interno para identificar membros e disfarçar o conteúdo.
A polícia descobriu que o material era compartilhado por meio de um site operado fora da Austrália, o que reforça a suspeita de uma rede internacional maior.
Nas buscas, milhares de arquivos foram apreendidos. Agora começa a parte mais difícil da investigação: identificar as vítimas. A polícia ainda não sabe quem são as crianças nas imagens nem de quais países elas vêm.
Para a Força-Tarefa Constantine, esta é apenas a primeira etapa. Agora, os analistas estão rastreando nomes de usuário, diálogos e conexões internacionais que podem levar a novos envolvidos em outros continentes.
A superintendente Jayne Doherty dará novas declarações à imprensa nos próximos dias, enquanto a polícia continua a varredura digital.
A operação austrália não é um caso isolado
O tráfico infantil está presente em todos os cantos do planeta. Além disso, está nas operações que tentam interromper redes criminosas e nas missões que enfrentam esse crime de perto. É essa parte da realidade que Tim Ballard revela em seu documentário Guerra Oculta que será lançado exclusivamente pela Brasil Paralelo.
O filme acompanha investigações reais e resgates que expõem como essas redes atuam e por que o enfrentamento é urgente.
Toque aqui e cadastre-se para o evento gratuito de lançamento.