Na última semana, a gigante automotiva Toyota anunciou uma reviravolta. A empresa enviou um memorando para seus 50 mil funcionários nos Estados Unidos, em que afirmou que abandonará as Políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Além disso, suas 1.500 concessionárias também receberam cópias do documento.
De acordo com a nova abordagem, a empresa irá cortar o financiamento e as parcerias com ONGs e grupos vinculados à causa LGBT.
A Toyota contava com 100 pontos no Índice de Igualdade Corporativa, um sistema de pontuação criado pela ONG Human Rights Campaign (HRC), um grupo dedicado a monitorar a implementação de pautas woke em grandes corporações nos EUA.
Além de financiar o HRC, a Toyota financiou outras três ONGs dedicadas a causas semelhantes, a Trevor Project, a Lambda Legal e a Dallas Research Center.
A empresa apoiou o Equality Act, um pacote de medidas que abre espaço para pessoas trans utilizarem espaços públicos exclusivos para mulheres:
"O projeto de lei proíbe que um indivíduo seja impedido de acessar uma instalação compartilhada, incluindo banheiro, vestiário e provador, que esteja de acordo com a identidade de gênero do indivíduo."
Havia também criado uma política de linguagem neutra e grupos de funcionários LGBT. Além disso, a empresa priorizava fornecedores administrados por minorias.
O documento chegou uma semana depois de o cineasta e ativista anti-woke, Robby Starbuck, começar a expor as práticas progressistas adotadas pela companhia.
Starbuck tem se dedicado a pressionar as grandes empresas a abandonar pautas woke nos EUA.
A campanha se inicia com a divulgação de um vídeo através das redes sociais, onde Robby expõe as políticas woke da companhia.
A partir disso, o influenciador convoca seus seguidores a boicotarem a marca enquanto as medidas não forem abandonadas.
A estratégia já conseguiu mudar o destino de grandes empresas tradicionais nos EUA, como:
Em um vídeo divulgado após o envio do memorando, o influenciador afirma que os executivos da marca também merecem créditos por entenderem a demanda do mercado por uma postura mais neutra:
"Tenho que dar crédito aos executivos por tomarem essa ação unificadora. Não é fácil fazer isso, mas eles estão preparando seu negócio para o sucesso futuro ao adotar a neutralidade corporativa. As empresas que adotarem a neutralidade vencerão o futuro porque não violam as crenças fundamentais dos consumidores de quem dependem."
A Humans Rights Campaign já criticou a atuação de Sarbuck em diversas vezes, chegando a afirmar que o ativista teria sido expulso do Partido Republicano do Tennessi por ser radical demais.
Segundo o Vice-presidente da ONG, Eric Bloem, as empresas estariam cometendo um erro ao ceder à pressão dos seguidores de Starbuck, já que a pauta woke atrairia uma grande quantidade de consumidores:
"Abandonar apressadamente esforços que garantem ambientes de trabalho justos, seguros e inclusivos para pessoas LGBTQ+ com base em uma indignação fabricada por valentões do MAGA é um mau negócio e deixa para trás seus funcionários e milhões de clientes aliados LGBTQ+. Com quase 30% da Geração Z se identificando como LGBTQ+ e a comunidade exercendo um poder de compra de US$ 1,4 trilhão, recuar desses princípios compromete tanto a confiança do consumidor quanto o sucesso dos funcionários."
A medida da Toyota indica que cada vez mais, as empresas estão abandonando as políticas woke por conta da pressão de seus consumidores, que muitas vezes se opõe a essa visão de mundo.
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