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O cantor Toni Garrido, vocalista da banda Cidade Negra, gerou polêmica nas redes sociais Durante a entrevista ao programa Altas Horas no último sábado (4). Ele revelou ter alterado um trecho de “Girassol”, uma das canções mais conhecidas do grupo, lançada há 23 anos.
Segundo Garrido, a mudança foi resultado de uma reflexão pessoal sobre o conteúdo da letra.
O verso original dizia: “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino.”
Na nova versão, passou a ser: “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher.”
Em sua explicação, o cantorafirmou que a mudança veio de uma percepção de que o trecho anterior soava “hétero e machista”.
“Durante anos eu achava que cantava uma canção certa de amor, que fazia bem para as pessoas. Depois de 25 anos, caiu a ficha. Era uma visão hétero machista, horrível”.
A declaração gerou uma onda de debates sobre o sentido da letra e o gesto do artista.
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Reação do público: fãs divididos entre nostalgia e desaprovação
Alguns fãs criticaram a mudança. Parte do público afirmou que a letra original não trazia conotação machista e preferia que fosse mantida como antes.
“P*** merda, mano...eu era muito fã de Cidade Negra quando era criança.
Escutar um comentário desses é de partir o coração”,publicou um usuário no X.
Puta merda, mano...eu era muito fã de Cidade Negra quando era criança.
O perfil @coisaslegais afirmou que a atitude do cantor rompeu um legado “bonito” e “poético”.
“Achei que Tony Garrido havia deixado um legado bonito sem nenhum problema de gênero e apenas poesia. Mas não, ele quis ir lá entrar no final da fila do lacre e chegar muito depois do final da festa com um “não problema”. Tony, a nova geração não vai te ouvir pq sua música, apesar de boa, não conecta com essa geração. Você só fez papel de bobo mesmo”.
Achei que Tony Garrido havia deixado um legado bonito sem nenhum problema de gênero e apenas poesia. Mas não, ele quis ir lá entrar no final da fila do lacre e chegar muito depois do final da festa com um não problema. Tony, a nova geração não vai te ouvir pq sua música, apesar… https://t.co/R6kOelrGz4
Em seu Instagram, muitos fãs reagiram à postagem lamentando as declarações do cantor.
Comentários na Rede Social de Toni Garrido. Imagem: Reprodução Instagram.
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Apesar das críticas, Toni Garrido também recebeu manifestações de apoio à mudança na letra de Girassol.
Entre os defensores, o usuário Edu Vida Cruel escreveu nas redes sociais que achou a mudança “ótima”.
“Toni Garrido mudou a letra de Girassol e achei que ficou ótima! Cidade Negra me representa. Cresci ouvindo e aprendi a ler com o encarte de ´Sobre todas as forças´. Tá certo sim. Se acha que tá hétero top, machista e datada, muda! Ainda há tempo.”
Toni Garrido mudou a letra de Girassol e achei que ficou ótima! Cidade Negra me representa. Cresci ouvindo e aprendi a ler com o encarte de Sobre todas as forças. Tá certo sim. Se acha que tá hetero top, machista e datada, muda! Ainda há tempo.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também se manifestou, compartilhando o vídeo da entrevista no Altas Horas e elogiando a decisão do cantor. Segundo ela, o gesto de Toni “mostra como a desconstrução é um processo contínuo”.
“Reconhecer que uma letra escrita há 25 anos pode carregar traços machistas e ter a coragem de transformá-la hoje é um exemplo poderoso de evolução pessoal e coletiva”.
O gesto de Tony Garrido mostra como a desconstrução é um processo contínuo. Reconhecer que uma letra escrita há 25 anos pode carregar traços machistas e ter a coragem de transformá-la hoje é um exemplo poderoso de evolução pessoal e coletiva. A arte acompanha o tempo, e quando um…
Após a repercussão, o cantor publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que a alteração foi uma “brincadeira amorosa” e que o público pode cantar a música da forma que preferir.
"No meu entendimento, na minha brincadeira amorosa eu queria homenagear as mulheres. Todo grande homem tem a grandeza de um pai e de uma mãe. E de um menino também, poeticamente falando”.
Ele reforçou que não pretende substituir a versão original, apenas oferecer uma leitura alternativa.
“Quem quiser cantar ‘menino’, cante. Quem quiser cantar ‘menina’, cante também. É sobre amor, não sobre polêmica.”
A polêmica reacendeu o debate sobre mudanças em músicas antigas e o papel dos artistas nas releituras de suas próprias obras.
Enquanto Toni Garrido disse ver na mudança um gesto de respeito e homenagem às mulheres, muitos fãs entenderam a alteração como desnecessária e preferem manter a versão original, que marcou uma geração.
No podcast Conversa Paralela, Lara Brenner e Arthur Morrison receberam Jota para falar sobre a cultura Woke.
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