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No final de outubro, um vídeo no qual subcelebridades eram questionadas sobre seus pronomes viralizou na internet. Os artistas não entendiam a pergunta nem sua relação com a ideologia de gênero, respondendo que seus pronomes poderiam ser "Corinthians", "Pavoa" e "Valente".
Mesmo o vídeo tendo um tom cômico, muitas pessoas levam a linguagem neutra a sério, chegando a ser utilizada em discursos oficiais do governo.
Observando essa realidade, Lara Brenner, professora de português, mostrou que as consequências dessas expressões são maiores do que podem parecer, podendo alterar grande parte da língua portuguesa para servir uma agenda ideológica.
Confira os comentários de Lara.
Ao comentar as respostas confusas do público, Lara afirma:
"A razão [das respostas variadas] é óbvia: as pessoas não fazem ideia do que seja um pronome".
Antes de comentar os pontos mais polêmicos, Lara afirmou ser necessário explicar o que é um pronome e sua relação com outras classes gramaticais.
Pronome, uma das classes gramaticais mais complexas da linguagem
Segundo a professora:
"Antes de tudo, uma breve explicação: pronome é uma das duas classes gramaticais mais complexas da língua, ao lado de verbo. Variável em gênero e número, ele faz referência a elementos dentro e fora do discurso. Alguns exemplos:
ESTE copo está sujo. (este = pronome demonstrativo);
ELE pisou no MEU pé. (ele = pronome pessoal do caso reto; meu = pronome possessivo);
NINGUÉM esteve presente no evento. (ninguém - pronome indefinido).
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"Os que deram tais respostas provavelmente estudaram classes gramaticais na escola em mais de uma oportunidade; mas sabemos bem qual é a qualidade de nossa educação (os números do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - Pisa - e do Índice Nacional de Alfabetismo Funcional - Inaf-não nos deixam mentir)".
Nesse contexto, vale questionar: que condição existe para a adoção do chamado 'pronome neutro'? Seriam "elu", "¡lu" e variações elementos viáveis em nosso idioma?".
Pronomes neutros podem alterar com todas as classes gramaticais
Para Lara Brenner, a alteração dos pronomes a serviço da ideologia de gênero não afetaria apenas a maneira de se referir a alguém, mas todas as classes gramaticais da língua portuguesa:
"Os próprios criadores da tal ideia de pronome neutro não se dão conta de que a proposta feita por eles necessariamente deve se estender a outras classes gramaticais - substantivos, adjetivos, numerais e artigos também sofreriam as alterações pretendidas.
Numa frase como 'E medique curou estus dues beles menines' não há falar apenas na modificação da classe pronominal, mas de todas as outras mencionadas.
O nome adequado à proposta, portanto, seria 'linguagem neutra' não 'pronome neutro' apenas. Pronome seria uma das classes afetadas. O desconhecimento dessa constatação faz aberrações aparecerem por todos os lados.
Ativistas volta e meia flexionam verbos, advérbios e outras classes não flexionáveis em gênero, num absurdo linguístico muito mais excludente que includente.
Evidentemente, são flexões inexplicáveis, responsáveis por uma enorme confusão linguística que dá azo às mais diversas piadas.
É difícil levar a sério algo tão antinatural, tão antiorgânico, tão descabido, que os próprios pretensos usuários não façam ideia de como usar, quanto mais os pobres simpatizantes que creem tratar se de uma ideia inclusiva".
Cada vez mais pessoas utilizam pronome neutro, inclusive em discursos oficiais do governo
Apesar da Academia Brasileira de Letras ter rejeitado a linguagem neutra, Lara Brenner mostrou que oficiais do governo estão inserindo "pronomes neutros" em discursos:
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Para Lara Brenner:
"Ainda assim, o ativismo para a adoção dessas distorções anda cada vez mais forte. Redes sociais, discursos oficiais, formulários diversos... Em todo canto, há a opção 'pronomes' para que o indivíduo escolha o seu.
Mas vale lembrar que nem só de pronomes vive a língua. E mesmo neles a coisa anda aos trancos e barrancos.
Lembrando que 99% de quem diz 'boa noite a todos, todas e todes"'não continua o discurso usando linguagem neutra. É só no boa-noite mesmo.
Qual é a chance de isso dar certo?".
O que está por trás da linguagem neutra?
O tema da linguagem neutra e ideologia de gênero pauta noticiários, o debate público, as salas de aula e muito mais. Muito se fala sobre o que defendem e o que criticam os ideólogos de gênero, mas pouco se fala sobre as origens dessas ideias e seus principais objetivos.
Para conhecer mais o assunto, a Brasil Paralelo indica dois originais:
As Grandes Minorias, trilogia gratuita que explica o surgimento e os objetivos da ideologia de gênero - assista agora;
A Face Oculta do Feminismo, documentário que mostra as origens do feminismo e suas principais consequências - clique aqui para assistir.