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Linguagem inclusiva – Entenda a polêmica e as motivações

A linguagem inclusiva propõe o uso de pronomes de gênero neutro para se referir às pessoas trans. Isto é benéfico ou não? Tem chances de se concretiza? Entenda

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/9/2021 19:39

Todes es leitoris que forem amigues de lingue portuguese, que estiverem habituadix aus clássices, que prezarem peli usi d@ gramátic@ em sue melhor forme, estranharãx esti novi formate di escritx. Talvez, se a introdução a este artigo obedecesse às regras da linguagem inclusiva com uso do gênero neutro, seria assim.

Alguém não acostumado, ao ler o parágrafo acima, poderia responder com um trecho de Djavan: “É mais fácil aprender japonês em Braile”.

A linguagem inclusiva possui um paradoxo. Ela tenta incluir, mas exclui aqueles que não a aceitam e muitos outros, como esclareceu, neste artigo, a professora Cíntia Chagas no item 4.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que são linguagem inclusiva e linguagem neutra?

A linguagem inclusiva, ou linguagem neutra, é uma tentativa de alterar a estrutura da língua ao criar palavras novas, por exemplo, pronomes de gênero neutro. Isto acontece quando ideólogos e ativistas de gênero alegam que um idioma encoraja o machismo e o sexismo.

Na língua portuguesa, por exemplo, considera-se que as palavras masculinas e femininas refletem um mundo binário no qual existem apenas dois sexos. Por esta razão, alguns militantes Pri Bertucci e Sandra Diaz propõem o uso de palavras que não excluam as pessoas trans.

linguagem-inclusiva-usa-pronome-neutro-na-escola

Não raro, aqueles que aderem a esta nova forma de falar pretendem que o legislativo crie leis que obriguem todas as pessoas a usar o gênero neutro, tanto na escrita quanto na oralidade.

Aqueles que se recusam a usá-lo, costumam ser rotulados de forma negativa pelos militantes radicais. Nos últimos anos, as propostas de alteração da língua ganharam impulso, a ponto de colégios e universidades começarem a adotar a linguagem neutra nas grades de ensino.

Entretanto, a adoção desta reestruturação da gramática apresenta uma série de problemas e erros:

  • A pressuposição de que a Ideologia de Gênero descreve a realidade;
  • A pressuposição de que a língua exclui pessoas;
  • A perda do ensino da norma culta da gramática;
  • A consideração de que a gramática é composta arbitrariamente;
  • O entendimento de que a língua pode ser alterada pela força da lei;
  • O discurso posicionado acima da realidade;
  • O ataque à liberdade de expressão das pessoas;
  • O totalitarismo no campo linguístico.

Ao longo deste artigo, estas consequências do uso de uma linguagem inclusiva, com pronomes inventados, serão explicadas.

Quanto à Ideologia de Gênero, já foi escrito um artigo completo sobre o assunto. O próximo passo é entender historicamente se a língua portuguesa foi composta de forma preconceituosa ou não.

Qual a importância da linguagem inclusiva?

A importância da linguagem inclusiva vem da crença no preconceito linguístico. A suposta existência de tal preconceito é uma ideologia aplicada à gramática normativa e inclui a perspectiva de que não se deve corrigir as crianças que falam errado na sala de aula, pois seria um preconceito contra aqueles que não têm o domínio do português.

Em outras palavras, as alegações de preconceito linguístico no Brasil, por exemplo, são uma roupagem para eliminar o uso correto da gramática. Para aqueles que defendem isto, não se pode afirmar que há formas corretas ou incorretas.

Um aluno, neste contexto, não poderia ser corrigido se escrevesse uma redação com suas gírias. Desta forma, os estudantes são privados do ensino da norma padrão culta, que permite uma melhor organização do pensamento, comunicação e produção literária.

Há também a alegação de que a língua portuguesa exclui pessoas porque tem uma gramática sexista.

A língua portuguesa é machista?

A língua portuguesa não é machista ou sexista. A gramática não foi pensada com a intenção de excluir pessoas; antes, foi uma evolução natural da comunicação cotidiana de vários povos ao longo da história.

Ela teve origem no latim, que surgiu na Península Itálica, na região do Lácio. Na Península Ibérica foi influenciada por romanos, gregos, árabes e celtas, entre outros. No Brasil, também foi influenciada pelos povos indígenas e africanos.

Entretanto, a linguagem inclusiva não considera a história da língua, nem suas normas totalmente dissociadas de temáticas sexuais. Para os militantes da língua, tudo foi decidido por opressores. Por esta razão, eles querem mudar as palavras.

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