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Racismo? Supremacia branca? Ativistas tentam cancelar Sydney Sweeney por propaganda de jeans

Um comercial da marca de roupas e acessórios American Eagle tomou os noticiários mundiais - entenda.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
13/8/2025 21:30
Entenda a Polêmica dos jeans de Sydney Sweeney

Um comercial da marca de roupas e acessórios American Eagle tomou os noticiários mundiais. A propaganda explodiu em popularidade e em polêmica com apenas 15 segundos de tela.

No vídeo, a atriz americana Sydney Sweeney aparece falando das qualidades do seu jeans enquanto veste uma calça da marca.

A campanha,  que fugiu da atual onda politicamente correta da comunicação corporativa, foi um estrondoso sucesso. Porém, não demorou muito para que o comercial fosse acusado de transmitir “mensagens eugenistas” e reforçar “padrões brancos de beleza”.

Sydney, que é loira e de olhos azuis, se tornou o centro de um debate para além da moda, que envolveu políticos, celebridades e milhões de usuários de redes sociais.

Até a Casa Branca entrou na discussão. Enquanto isso, as ações da American Eagle dispararam na bolsa.

Mas como uma propaganda de calça jeans se transformou em um caso de guerra cultural?

Confira agora o que está por trás do comercial da American Eagle com Sydney Sweeney.

O que você vai encontrar neste artigo?

A história do comercial polêmico

A campanha “Sydney Sweeney Has Great Jeans (Sydney Sweeney tem ótimos jeans)” apostou no humor de duplo sentido. A atriz diz no comercial: “My jeans are blue”, que significa: “O meu jeans é azul.”

Acontece que a fonética da palavra “jeans” se assemelha ao termo em inglês “genes”, que significa genes. Neste caso, fazendo referência à genética da atriz.

A polêmica começou pela combinação do trocadilho com a escolha da protagonista: uma atriz jovem, branca, loira, de olhos claros, enquadrada como o retrato perfeito do “ideal eurocêntrico” de beleza.

A partir dessa leitura, militantes e comentaristas passaram a associar a peça a ideias eugenistas, uma teoria pseudocientífica do século XX que defendia a “melhoria” genética da população.

A reação foi tão intensa que a American Eagle removeu versões do vídeo de alguns canais oficiais. Em resposta às críticas, postaram que todos podem usar seus jeans, mas o assunto já havia se espalhado. 

Durante a polêmica do jeans, outro caso histórico foi lembrado: em 1980, a Calvin Klein lançou um comercial com a então adolescente Brooke Shields, do clássico “A Lagoa Azul”. Nele, a jovem atriz diz:

“Quer saber o que fica entre mim e minha Calvin? Nada.”

A frase gerou indignação pública pela interpretação de teor sexual e fez com que o comercial fosse proibido em várias emissoras de TV.

Naquele tempo, a polêmica girava em torno da sensualidade e dos limites da publicidade. Quarenta e cinco anos depois, no caso de Sydney Sweeney, a discussão migrou para o campo ideológico da estética.

Assim como no caso de Shields, a repercussão não foi unânime: enquanto uns acusavam, outros defendiam a liberdade criativa da marca e a ausência de qualquer intenção discriminatória.

A seguir: quais foram as reações do público e como este caso contrasta com marcas que seguiram o caminho inverso.

Reações do público

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