O fascismo é uma ideologia política que defende o totalitarismo estatal e o nacionalismo, tendo emergido na Itália em 1919, sob Benito Mussolini. A ideologia se espalhou por outras partes da Europa, especialmente a Alemanha nazista.
Para o historiador Stanley Payne, formado na Universidade de Columbia, entrevistado pela Brasil Paralelo para a trilogia História do Fascismo, as principais características do fascismo são:
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De acordo com a produção História do Fascismo, produzida pela Brasil Paralelo a partir de entrevistas com alguns dos maiores especialistas do mundo, o fascismo nasceu diretamente do trauma da Primeira Guerra Mundial.
A Itália, embora estivesse no lado vencedor, saiu do conflito marcada por frustração territorial, crise econômica e instabilidade social.
O historiador Donald Sassoon (Birkbeck College, University of London) explica que esse ambiente foi terreno fértil para o surgimento de um movimento que se apresentava como capaz de restaurar a força nacional.
Já Stanley Payne (formado na Universidade de Columbia) observa que o fascismo foi uma resposta radical ao colapso do liberalismo e ao medo de uma revolução socialista internacionalista como a que havia ocorrido na Rússia.
Mussolini, militante socialista, soube canalizar esse descontentamento: reuniu veteranos de guerra, nacionalistas e jovens militantes em torno de uma promessa de renascimento da pátria italiana.
O grande nome do início do fascismo é Benito Mussolini. Nascido em uma família socialista, seu nome foi uma homenagem a Benito Juárez, herói da Revolução de Ayutla no México, porque seu pai — um ferreiro socialista — admirava líderes revolucionários que lutavam pelo comunismo.
Mussolini começou sua trajetória no Partido Socialista Italiano (PSI), chegou a ser diretor do jornal Avanti! e era um dos quadros mais promissores da esquerda italiana.
Ele defendia a luta de classes e a revolução contra a ordem burguesa, inspirado por Marx e Sorel.
O ponto de ruptura foi 1914–1915, quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial.
Enquanto a maioria dos socialistas defendia neutralidade (“nem aderir, nem sabotar”), Mussolini passou a pregar a intervenção da Itália no conflito. Ele mesmo foi soldado na guerra.
No início, ele até via a guerra como oportunidade para precipitar uma revolução social, mas logo trocou o foco: começou a enxergar a nação, e não mais a classe, como o sujeito da história.
Ele rompeu com o socialismo, foi expulso do PSI em 1914 e, a partir daí, começou a fundir a revolução com o nacionalismo.
Foi assim que nasceram, em 1919, os Fasci di Combattimento, embrião do fascismo enquanto movimento de massas.
O fascismo não surgiu apenas de crises políticas e econômicas. Ele também foi fruto de um ambiente intelectual marcado pelo secularismo radical, pelo culto à força e pelas teorias do darwinismo social que circulavam na Europa no fim do século XIX e início do XX.
A elite intelectual europeia da época via o cristianismo como um entrave ao progresso e à disciplina social.
A crítica de Nietzsche à moral cristã — que ele acusava de valorizar a fraqueza e negar a vida — foi reinterpretada por ideólogos fascistas como justificativa para substituir a religião tradicional por uma “religião política”: o culto ao Estado e ao líder.
O historiador Stanley Payne ("University of Wisconsin"), em entrevista para a Brasil Paralelo, explica que esse deslocamento da fé para a política deu ao fascismo uma aura quase espiritual, capaz de mobilizar multidões como se fosse uma crença religiosa.
Influenciados por pensadores como Georges Sorel, que defendia a violência como mito mobilizador, Mussolini e Hitler viam a política como uma guerra permanente, onde apenas os fortes deveriam vencer.
Marchas, milícias de rua e confrontos abertos não eram apenas táticas, mas também símbolos de que a nova ordem se fundava no poder e não no consenso democrático.
As teorias do darwinismo social, que aplicavam a lógica da seleção natural às sociedades humanas, foram fundamentais para o nazismo. Hitler acreditava que a história era uma luta racial na qual povos “inferiores” deveriam ser subjugados ou eliminados.
O fascismo, nesse sentido, se apresentava como um movimento de regeneração biológica e cultural, onde a nação mais forte deveria prevalecer.
Como observa Richard J. Evans ("University of Cambridge"), entrevistado no épico História do Fascismo, o nazismo levou essa ideia ao extremo, transformando o Estado em máquina genocida, ao mesmo tempo que justificava sua política expansionista como se fosse uma lei natural da sobrevivência dos povos.
O fascismo se apresentava como uma revolução nacionalista. Diferente das velhas elites, os fascistas queriam mobilizar as massas e criar um novo homem, forjado pela disciplina, pela violência e pelo culto à pátria.
Eles rejeitavam o liberalismo e o comunismo, mas absorviam métodos e a estética de movimentos revolucionários, usando símbolos, uniformes e rituais para dar sensação de pertencimento coletivo.
Já Roger Griffin ("Oxford Brookes University"), também presente no livro, define o fascismo como um “ultranacionalismo palingenético”: uma ideologia baseada na ideia de que a nação havia entrado em decadência e precisava renascer. Essa promessa de regeneração nacional foi central tanto no discurso de Mussolini quanto de Hitler.
Assim, o fascismo conquistou apoio ao se apresentar não apenas como defesa da ordem, mas como um projeto de renascimento total, capaz de unir diferentes classes sociais em torno de um mesmo mito político.
As pessoas usam uma palavra. Um conceito. Sem saber de fato o que ele significa. Xingam as pessoas disso, mas não fazem ideia do que realmente é. Os estudos históricos tentam entender o que foi o fascimo, uma ideologia violenta e autoritária que surgiu na Itália do século XX.
A Brasil Paralelo entrevistou pessoas que dedicaram a vida a estudar esse tema. Muitos deles são alguns dos principais nomes utilizados nas universidades mais conceituadas do Brasil e do Mundo.
Com a explicação dele, você terá a chance de assistir uma verdadeira investigação histórica do Fascismo. Assim, conseguirá responder aquelas pessoas que tentam espalhar os seus achismos pelo mundo.
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