Documentário Grandes Minorias, da Brasil Paralelo.
A ideologia de gênero é uma teoria antropológica que afirma que as pessoas não nascem homem ou mulher. Nascem capazes de ser o que quiserem. De acordo com eles, cada um é responsável por construir sua identidade, incluindo a escolha do gênero, independentemente do sexo biológico.
Alguns dos principais teóricos da ideologia de gênero e suas obras que aborda o tema são:
Judith Butler - Gender Trouble;
Eve Kosofsky Sedgwick - Epistemology of the Closet;
Joan Wallach Scott - Gender and the Politics of History;
Sara Ahmed - Queer Phenomenology.
Para os adeptos dessa teoria, quem nasce biologicamente menino, não é definido como homem, pois pode escolher ser mulher. E quem nasce biologicamente menina, não é definida como mulher, pois pode escolher ser homem.
Homem e mulher são papéis sociais flexíveis e relativos na Ideologia de Gênero. São construções que a sociedade impôs às pessoas e não uma realidade fixa e imutável. De acordo com estas ideias, a biologia não determina nada, mas sim a decisão de cada um de ser o que preferir.
Opositores dessa linha de pensamento afirmam que a ideologia de gênero leva ao fim da identidade humana, causando prejuízos psicológicos e existenciais. Opositores usam a história dos gêmeos Bruce e Bryan para refutar a ideologia de gênero, afirmando que o experimento de gênero levou Bruce a morte.
Para explicar todos esses argumentos da melhor forma, lançamos uma minissérie chamada As Grandes Minorias. No episódio 2, abordamos o que é Ideologia de Gênero e suas consequências na educação, nos esportes e na sociedade em geral. Não deixe de assistir. Lembre-se de comentar este artigo e compartilhar o conteúdo.
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A Ideologia de Gênero não considera que as pessoas nascem homem ou mulher, elas se tornam. Alguns expoentes da Ideologia de Gênero consideram que a divisão das pessoas entre homens e mulheres é errada e, portanto, um mal a ser combatido.
Para uma autora feminista chamada Shulamith Firestone:
“A meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente – ao contrário do primeiro movimento feminista – não apenas acabar com o privilégio masculino, mas também com a própria diferença de sexos. As diferenças genitais entre os seres humanos já não importariam culturalmente”.
Outra feminista que advoga em defesa da Ideologia de Gênero, Judtih Butler, afirmou:
“O gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal do sexo, nem tão aparentemente fixo como o sexo. […] Homem e masculino poderiam significar tanto um corpo feminino como um masculino; mulher e feminino tanto um corpo masculino como um feminino”.
Para estas ideólogas era preciso acabar com a distinção binária. Beth Friedman ensinava que a feminilidade era um mito uma invenção. Estas ideias constituem a base, mas os frutos trazem mais variações.
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A Ideologia de Gênero se propõe a:
Anular a divisão natural e bipolar entre homem e mulher;
Opor-se à natureza do indivíduo;
Destruir a noção de família tradicional;
Incentivar a educação sexual nas escolas, mesmo contra o consentimento dos pais;
Permitir que até mesmo crianças sejam submetidas à cirurgia de mudança de sexo;
Algo fundamental neste conjunto de ideias é a indefinição de gênero, em oposição à sexo, cujo significado é exato.
Qual a diferença entre sexo e gênero?
Protesto a favor da ideologia de gênero, dizendo: "mulheres trans [transsexuais] são mulheres".
Para a feminista norte-americana Bella Abzug a diferença é que o gênero não é definido pelo sexo biológico.
“O sentido do termo ‘gênero’ evoluiu, diferenciando-se da palavra ‘sexo’ para expressar a realidade de que a situação e os papéis da mulher e do homem são construções sociais sujeitas à mudança”.
O sexo é definido pela biologia no ato da concepção.
O gênero designa um papel socialmente construído, cuja identidade não depende da biologia e pode ser decidido por qualquer pessoa. Não é fixo e pode ser alterado quantas vezes o indivíduo quiser.
Ao estudarmos o que é a Ideologia de Gênero, é necessário ter a clareza de que ela não é uma teoria científica, uma vez que não foi provada experimentalmente. Ela é um corpo fechado de ideias que parte do pressuposto de que a biologia não define a inclinação de uma pessoa.
Apesar do assunto estar popularizado hoje, sua origem remonta à segunda metade do século XX.
História da Ideologia de Gênero
Em 1995, a expansão da Ideologia de Gênero começou.
Foi em Pequim na IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre as Mulheres. Dale O’Leary participou desta conferência e escreveu o livro The Gender Agenda.
Ela afirmou que um dos resultados do evento foi a orientação para os governos de todo o mundo. A sugestão era incorporar a Ideologia de Gênero em seus programas políticos e nas instituições públicas e privadas.
Nas palavras de Dale:
“A Agenda de Gênero navega nas comunidades não como um navio elevado, mas como um submarino, determinado em revelar-se tão pouco quanto possível”.
Parte da estratégia demandava sigilo para sua execução. As pessoas não poderiam saber qual era a natureza desta ideologia.
A partir desta conferência da ONU, o que foi propagado entre as nações pode ser conferido no trecho abaixo:
“Cada criança é atribuída a uma ou outra categoria com base na forma e tamanho de seus órgãos genitais. Uma vez que isso é feito, nos tornamos o que a cultura pensa que cada um é – feminino ou masculino. Embora muitos acreditem que o homem e a mulher são uma expressão natural de um plano genético, o gênero é produto da cultura e do pensamento humano, uma construção social que cria a verdadeira natureza de cada indivíduo”.
Esta é a história de sua popularização. A origem é trágica e a contaremos abaixo.