“Nova Ordem Mundial é um mundo desejado, mais que uma nova sociedade, uma nova civilização, baseada em valores e princípios muito diferentes daqueles que se cristalizaram ao longo dos últimos dois milênios e sustentam até hoje as estruturas daquilo que se conhece como Ocidente. Um novo ordenamento que pretende transformar cada um dos aspectos da vida, e desta forma criar o novo homem adequado a essa nova civilização”
O professor Alexandre Costa define o globalismo como
“o conjunto de iniciativas e fenômenos que visam criar um ambiente de governança global, que tende a se sobrepor às soberanias nacionais e aos direitos naturais dos indivíduos, e de uma maneira geral à livre determinação dos povos. Por se tratar de uma ideologia, ou seja, de um aglomerado de ideias entrelaçadas de forma a justificarem umas às outras, não necessita de comprovação da sua viabilidade e nem mesmo da sua eventual funcionalidade”.
É uma ideologia que prega um governo global compartilhado por todos os povos. Há diversas maneiras de implementá-lo e algumas táticas já vigoram.
Por exemplo: a ONU quer que um determinado país aprove leis para que ele reduza a emissão de carbono. Caso o país se recuse a aceitar a imposição dessa entidade internacional, ele pode receber penalizações, como a exclusão da participação das comissões internacionais.
Em alguns casos, essa pressão ultrapassa a mera penalização e chega a constrangimentos, como sanções diplomáticas, econômicas e até militares.
Para o professor, o Globalismo é apenas o primeiro passo para a criação de um Governo Mundial, ele traça o caminho para uma autoridade mundial. São cinco os ciclos que preparam essa transição por meio da revolução cultural, quais sejam:
Mas quando essas ideias de um Governo Mundial surgiram na humanidade?
Por toda a história da humanidade, a ideia de um governo mundial perpassou os sonhos de imperadores e tiranos. Todavia, a impossibilidade tecnológica e as limitações dos recursos e da logística sempre impediram este sonho de tornar-se realidade.
É no século XVIII que surgem as primeiras condições culturais favoráveis para o desenvolvimento do primeiro ciclo globalista.
A descoberta dos novos mundos, o surgimento das redes bancárias, da imprensa, o Renascimento e a Reforma Protestante abriram o caminho para o surgimento das ideias do primeiro ciclo.
É nesse contexto que, devido a descentralização do debate cultural que vinha tendo palco na Europa, surgem grupos de intelectuais e homens notáveis da sociedade que se reúnem para discutir questões políticas e econômicas.
Porque conspiravam contra monarquias e contra a Igreja, cultuavam o segredo e envolviam suas conversas entre símbolos e ritos herdados de sociedades esotéricas antigas.
As duas principais sociedades secretas que se formaram foram: a Maçonaria, em 1717, e a Ordem dos Iluminados, em 1776.
É no seio desses grupos onde serão gestadas as ideias de um Governo Mundial, dando início ao primeiro ciclo do Globalismo.
Poucos anos após a fundação da Ordem dos Iluminados, um nobre alemão com grande influência na Maçonaria inglesa e alemã, Adolf von Knigge, foi convidado a fazer parte da ordem com o objetivo de levar os iluminados para dentro da Maçonaria.
E foi o que sucedeu: antes da virada do século XVIII para o século XIX, os Illuminati, apelido da Ordem que se tornou famoso com a obra de Dan Brown, controlavam já a Maçonaria.
Nas reuniões da maçonaria, as ideias de um governo global, que antes eram dispersas e frágeis, vão tomando corpo e se tornando planos sólidos e estruturados.
Segundo os dados apontados pelo professor Alexandre Costa em seu curso, é neste momento que surge o plano da “república universal”, com metas e objetivos palpáveis.
Uma das formas de alcançar essa meta é o patrocínio das ideias iluministas. O principal resultado, quase imediato, aparece décadas depois com a Revolução Francesa.
A monarquia e o cristianismo tornam-se alvos de grandes campanhas difamatórias, ao passo que os ideais republicanos são louvados.
Toda ideia precisa de um plano para ser posta em prática. Como as teorias de um Governo Mundial ganharam espaço na vida das pessoas?
O desenvolvimento do plano do governo global passa por um modelo de implementação, que é realizado no segundo ciclo. Quando se observa o desenvolvimento dos ideais globalistas, percebe-se que as iniciativas costumam seguir um método de implantação, que consiste em manejar tensões contrárias a fim de alcançar um objetivo.
A lógica é a dialética de Hegel: o embate entre uma força, a tese, e sua força contrária, a antítese, geram uma transformação desejada, uma síntese.
Dois fatos serão responsáveis pela elaboração e aplicação desse método na sociedade:
O método criado por essas iniciativas tem sido usado constantemente na política partidária e na manipulação da opinião pública.
Neste período, a Maçonaria já influenciava a vida política no mundo todo, criando lojas, vendas e ramificações temáticas como a Ordem da Estrela do Oriente ou a Ordem DeMolay, ou regionais como a Carbonária, na Itália.
Da Maçonaria surgem ramificações diversas que serão braços de apoio na implementação de seus planos globais.
O terceiro ciclo do Globalismo é caracterizado, na opinião do professor e especialista no assunto Alexandre Costa, pelo surgimento de instrumentos destinados a aplicar os métodos desenvolvidos anteriormente. São eles:
No final do Século XIX, começam a surgir fortunas imensas nos EUA, e a imagem destes magnatas do aço, do petróleo, das ferrovias estava muito arranhada, porque a sociedade via tais sujeitos como exageradamente ambiciosos, egoístas e insensíveis.
A situação piorou quando a jornalista Ida Tarbell lançou a história da Standard Oil, em 1904, fazendo denúncias graves contra essas famílias.
Esse livro foi devastador para a imagem da família Rockefeller e respingou em todos os outros milionários, que já vinham sendo chamados de nomes pouco agradáveis como “Barão-Ladrão”.
Para contornar os apelidos depreciativos e melhorar sua imagem, a família Rockefeller resolveu patrocinar causas populares por meio da fundação que criaram.
Com o tempo, várias outras famílias e corporações fizeram o mesmo porque perceberam que, além de melhorar a imagem das suas empresas, as fundações poderiam também contribuir para influenciar a sociedade e os poderes políticos. Seja por meio de patrocínios e incentivos a determinadas causas, seja pelo financiamento direto de candidatos.
O Federal Reserve, outra importante ferramenta do processo, uma espécie de banco central americano, vai padronizar as transações globais e tornar-se eixo da economia mundial.
Para construir um Governo Mundial é necessário um aparato complexo de controle de recursos e transações globais padronizadas. Com o FED é possível tomar esse passo decisivo.
Um think tank, outro importante instrumento deste ciclo, é uma espécie de laboratório de ideias políticas e sociais. Seu trabalho envolve o planejamento de leis, a criação de dados e a emissão de relatórios que visam direcionar as políticas públicas em prol de pautas progressistas, como:
A família Rockefeller patrocinou a criação de um deles, o Council of Foreign Relations.
Assim como a inglesa Chatham House criada dois anos antes, o CFR é uma entidade privada, independente, mas que cria regras de conduta para as organizações e governos, influenciando em suas políticas.
Para fechar o terceiro ciclo, em 28 de abril de 1919 é criada a Liga das Nações, após a Primeira Guerra Mundial. Seu objetivo inicial era conservar a paz entre as nações.
Com o tempo, ela passou a trabalhar em conjunto com as fundações e os think tanks, fazendo avançar a agenda da criação da república universal.
O próximo ciclo se iniciou após a Segunda Guerra Mundial, que ocorreu como consequência direta da Primeira.
O quarto ciclo, que se inicia após a Segunda Guerra Mundial, é muito semelhante ao terceiro, mas diferença é a ampliação dos agentes globalistas e o objetivo mais específico que cada um possui para a implementação do Governo Mundial.
Os novos agentes são:
Neste ciclo, a área de atuação dos organismos globalistas se expande consideravelmente.
Na opinião do professor Alexandre Costa:
“A ONU substitui a Liga das Nações e se torna a principal força de pressão contra as soberanias, que utiliza seus tentáculos e oferece benefícios para enquadrar nações e impor suas resoluções. Seu alcance vai muito além dos organismos anteriores e funciona como um guarda-chuva, abrigando centenas de outras organizações. Estes outros organismos obedecem aos mesmos princípios da ONU e se colocam frequentemente acima das autoridades das nações”.
A maior parte desses organismos são criados com o intuito de unificar os países de cada continente, criando moedas únicas, leis comuns, para, no fim, facilitar a integração de todo o globo.
O Clube Bilderberg foi criado em 1954, por iniciativa de um membro da Chatham House, com o objetivo declarado de instituir um bloco europeu, com leis iguais e moeda única. Também promoveria ações para aprofundar as relações entre a América do Norte e a futura Europa unificada.
Em apenas 3 anos foi criado o bloco único, a União Europeia.
A Comissão Trilateral, segundo o professor, é uma ideia da Família Rockefeller para discutir as relações entre Europa, América do Norte e Japão.
Depois passou a receber outros membros asiáticos, como a China e a Coréia do Sul e da Oceania, como Austrália e Nova Zelândia.
Outra iniciativa dos Rockefeller foi o Diálogo Interamericano, que tinha como objetivo incentivar a criação de um bloco latinoamericano. Por esta razão financiaram o Foro de São Paulo.
Foi o Clube de Roma que criou o Relatório Limites do Crescimento, que serviu de matéria prima para as agendas globalistas defendidas pela ONU e por seus auxiliares, nos seguintes eventos: Eco 92, Rio +10, Agenda 21, Agenda 2030, além de dezenas de outras conferências e resoluções.
A principal característica deste ciclo é a adaptação da estratégia. Para que as pessoas mudem e compactuam com os valores globais, a mudança deve passar pela cultura.
Ela se torna o campo da transformação. Os globalistas mantiveram o ritmo de implantações políticas, mas dando agora mais destaque às iniciativas de ordem cultural.
O pensamento de Antonio Gramsci já circulava desde a década de 1930, mas passou a ser mais bem aproveitado após a 2ª Guerra.
Estes novos organismos passam a difundir não apenas as ideias de governança global, mas também a “teoria crítica” da Escola de Frankfurt, a ideia de hegemonia cultural e revolução passiva de Gramsci e as táticas de organização e militância ensinadas por Saul Alinsky.
Assim, os organismos que lutam em prol do Governo Mundial avançaram a passos largos, sempre operando nas sombras. Não contavam, porém, com qualquer resistência no avanço de suas agendas.
Para o professor Alexandre Costa, os indícios apontam que o quinto ciclo, que ocorre atualmente, seria uma transição para o governo global. No dia 11 de novembro de 1990, o presidente americano George Bush proferiu um discurso histórico anunciando uma Nova Ordem Mundial.
A população não assistiria calada o avanço de pautas globalistas que contrariam suas crenças, tradições e costumes. A internet se tornou o grande campo de batalha contra o Governo Mundial.
Na opinião do professor:
“No meu entender, essa resistência aos planos globalistas ganhou coesão com a internet. Antes, tratava-se apenas autores isolados que pesquisavam o assunto do globalismo. (…) Muito incipiente e restrito à internet, essa resistência começou a crescer, e hoje temos uma discussão muito mais ampla sobre o assunto, e chegaram ao poder alguns líderes políticos que falam contra ‘o canto sedutor do globalismo’.
Essa resistência não surgiu devido a aspectos políticos e econômicos. Ela foi reforçada pela economia, pelos escândalos, mas na essência dessa revolta contra o sistema estão as questões morais, culturais, religiosas. As pessoas não aguentavam mais assistir à destruição dos seus valores e talvez nem soubessem formular o que era esse sentimento, mas quando surge na política a opção de se opor a esse ‘sistema’, a esse ‘poder’, elas abraçam, sem a necessidade de se politizar ou entender profundamente quem é o seu inimigo”.
A população, ao perceber o avanço das imposições das pautas politicamente corretas e identitárias, optou, de modo espontâneo, por enfrentar o Globalismo.
Outras organizações influentes surgiram nesse ciclo, como a Open Society de George Soros, em 1993, e a Fundação Bill e Melinda Gates, de 2000.
Os planos de transição para o Governo Mundial seguem em execução para sua implementação definitiva. O primeiro passo, segundo o professor, será a implementação de um imposto global, provavelmente ligado a alguma questão de saúde ou ambientalista.
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