A Índia realizou exercícios de defesa nacional pela primeira vez em décadas após a escalada da tensão com o Paquistão na disputada região da Caxemira.
Os exercícios contaram com o acionamento de sirenes de emergência, procedimentos de desocupação e instruções sobre o que fazer em apagões.
As tensões entre as duas potências nucleares vizinhas se intensificaram nesta quarta-feira (7), após ataques indianos em território paquistanês.
O Paquistão afirmou que os bombardeios mataram 26 pessoas, incluindo civis, e destruiu ao menos uma mesquita.
As autoridades do país também alegam ter conseguido derrubar cinco aviões de combate indiaos.
A Índia, por sua vez, anunciou a destruição de "nove acampamentos terroristas" e reportou a morte de 12 pessoas e 38 feridos em território indiano devido a disparos de artilharia paquistanesa.
A ofensiva foi uma retaliação a um atentado terrorista na parte da Caxemira administrada pela Índia, que vitimou 26 pessoas.
O governo de Nova Délhi responsabilizou o Paquistão pelo atentado, acusando o país vizinho de fomentar a violência separatista e de dar apoio a grupos terroristas.
O Paquistão nega qualquer envolvimento e pediu à comunidade internacional que responsabilize a Índia pela "violação do direito internacional".
A ONU e outros atores internacionais já pediram que os dois países diminuam a escalada do conflito.
Segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), a Índia conta com cerca de 1,45 milhão de militares ativos, quase o triplo do Paquistão.
Seu orçamento de defesa foi de R$427 bilhões no ano passado, o sexto maior do mundo.
Nova Délhi investe bastante na modernização de suas forças, incluindo sistemas antimísseis e produção nacional de armamentos.
Nos últimos anos, a Índia tem diversificado seus fornecedores militares, fortalecendo laços com os Estados Unidos e a França, e reduzindo a dependência de material russo.
O Paquistão, por sua vez, possui cerca de 660 mil militares ativos e um orçamento de defesa estimado em R$57,4 bilhões para 2025.
Apesar do orçamento menor, o país continua investindo no desenvolvimento de mísseis com capacidade nuclear, incluindo o míssil balístico Ababeel, capaz de carregar múltiplas ogivas.
Uma aliança crucial para o Paquistão é com a China, de quem depende para o fornecimento de equipamentos militares importantes, como aviões de combate e sistemas de defesa aérea.
A Caxemira, uma região de maioria muçulmana localizada no Himalaia, é o cerne dessa disputa histórica.
Reivindicada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão desde a independência do Reino Unido em 1947, a área já foi palco de três guerras entre os dois países.
Atualmente, é dividida por uma Linha de Controle, mas a ação de grupos terroristas e confrontos na região são recorrentes.
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