O governo do Paquistão afirmou que a Índia estaria planejando um ataque militar em larga escala contra o país nos próximos dias, possivelmente entre 24 e 36 horas.
Essa declaração dramática surge em um momento de tensão entre os dois vizinhos, ambos possuem bombas nucleares.
O estopim para a crise atual foi um ataque terrorista que aconteceu na região da Caxemira administrada pela Índia na semana passada.
Homens armados abriram fogo contra um grupo de turistas na região montanhosa de Pahalgam, um conhecido destino de viagem.
O ataque causou a morte de 25 cidadãos indianos e um nepalês, além de ter deixado outros 17 feridos.
Um grupo terrorista chamado O Front de Resistência (TRF), reivindicou a autoria do atentado através das redes sociais, alegando lutar contra "forasteiros" que estariam promovendo uma "mudança demográfica" na região.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar o terrorismo e implementando uma série de medidas contra o país:
Outra medida foi a suspensão de sua participação no Tratado das Águas do Indo, que regula o compartilhamento de rios entre os dois países desde 1960.
O governo do Paquistão, por sua vez, negou qualquer envolvimento com o ataque ou com o grupo TRF e classificou a suspensão do tratado da água como um "ato de guerra".
Para entender a gravidade da situação, é preciso conhecer o pano de fundo da disputa pela Caxemira.
Localizada na região do Himalaia, essa área montanhosa é reivindicada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão.
Rica em recursos minerais e hídricos, nascentes de rios importantes como o Indo estão ali, a Caxemira se tornou um dos pontos de conflito mais perigosos do mundo, sendo o estopim para três das quatro guerras travadas entre os dois países.
Atualmente, a região é dividida por uma Linha de Controle (LoC), uma fronteira militarizada que separa as áreas administradas por Nova Délhi e Islamabad.
Ao longo das últimas décadas, diversos grupos terroristas atuaram na Caxemira, lutando pela independência da região ou por sua anexação ao Paquistão. Esses conflitos resultaram em dezenas de milhares de mortos.
A tensão se intensificou ainda mais em 2019, quando o governo nacionalista hindu de Narendra Modi revogou o status especial de autonomia constitucional da parte da Caxemira administrada pelo país.
Desde então, o território tem sido controlado diretamente a partir da capital indiana de Nova Délhi.
Embora a Índia afirme que a forte presença militar reduziu a atividade terroristas desde então, ataques continuam a ocorrer.
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