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Antes de se tornar um dos maiores pensadores do cristianismo, Santo Agostinho viveu anos de inquietação, excessos e buscas frustradas.
Ele procurou a verdade na filosofia e nas ideias do seu tempo até descobrir que não era ele quem encontraria a verdade. Era a verdade que o encontraria.
Sua conversão não foi em um instante. Foi um caminho longo de cerca de 14 anos. Um caminho que mudaria sua vida e a história da Igreja.
Agostinho nasceu em 354, no norte da África, em Tagaste. Desde cedo mostrou talento intelectual. Estudou retórica, tornou-se professor e ganhou destaque como orador.
Ainda jovem, passou a viver com uma mulher, com quem teve um filho, Adeodato. Levava uma vida marcada por ambições e prazeres. Ao mesmo tempo, carregava dentro de si uma inquietação constante. Nada parecia suficiente.
Enquanto isso, sua mãe, Santa Mônica, rezava por ele sem cessar durante mais de 30 anos.
A busca pela verdade nos lugares errados
Agostinho queria respostas grandes para suas perguntas. A leitura do livro Hortênsio, do filósofo romano Cícero, despertou nele o desejo pela “verdadeira sabedoria”.
“Esse livro contém um louvor da filosofia, e chama-se Hortênsio”, escreveu em suas Confissões.
Essa busca o levou primeiro ao maniqueísmo, uma seita que prometia explicações simples para o bem e o mal.
No início, pareceu convincente. Com o tempo, revelou-se vazia. Agostinho percebeu que aquelas ideias não explicavam a realidade nem transformavam sua vida.
Frustrado, deixou a África e foi para Roma, depois para Milão. A busca continuava. A inquietação também.
A fé cristã começou a fazer sentido
Em Milão, Agostinho conheceu Santo Ambrósio, bispo respeitado não apenas pela eloquência, mas por sua vida. Pela primeira vez, Agostinho viu o cristianismo apresentado com inteligência e profundidade.
Ele começou a entender que a fé cristã não era irracional. Ao contrário: respondia às perguntas mais profundas da razão e do coração.
Mais de mil anos depois, o papa Bento XVI explicaria que essa etapa foi decisiva: a fé mostrou a Agostinho que Deus não era distante, mas próximo; não abstrato, mas pessoal.
“Toma e lê”: o momento da virada
O ponto decisivo veio em 386. Angustiado, Agostinho chorava em um jardim quando ouviu uma voz infantil repetir: “Toma e lê”.
Ele abriu a Bíblia e leu um trecho da carta de São Paulo aos Romanos, que o chamava a abandonar os excessos e “revestir-se de Cristo”.
Naquele instante, algo mudou. As dúvidas se dissiparam. A busca terminou.
Agostinho entendeu que a verdade não era uma ideia. Era uma Pessoa.
Na noite anterior à Páscoa de 387, durante uma vigília, Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio. Nada continuou como antes.
Ele abandonou a antiga vida, vendeu seus bens, doou aos pobres e passou a viver em comunidade. Anos depois, seria ordenado sacerdote e, mais tarde, bispo de Hipona.
Sua inteligência passou a servir à fé. Seus escritos moldaram a teologia cristã por séculos.
Segundo Bento XVI, a conversão de Agostinho teve três etapas: aproximar-se de Cristo, entregar-se ao serviço dos outros e viver uma conversão diária marcada pela humildade.
Em suas Confissões, deixou uma das frases mais conhecidas da história cristã:
“Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova.”
Essa história mostra que o encontro com a verdade basta para que nada mais seja como antes na vida de uma pessoa.
O Natal representa o dia em que isso aconteceu com toda a humanidade. O nascimento de Jesus dividiu a história e a vida de bilhões entre antes e depois.
Todos os anos, a Brasil Paralelo faz um especial para relembrar o sentido da festa e o poder transformador da fé. Assista ao especial completo abaixo:
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