A Amazon anunciou a aquisição da startup americana Bee, criadora de uma pulseira equipada com inteligência artificial que registra tudo o que ouve, inclusive as conversas do próprio usuário.
Semelhante a um relógio de pulso, custa US$49,99, cerca de R$275,00 e funciona por meio de uma assinatura mensal.
Segundo a empresa, a proposta é oferecer um “assistente pessoal de voz”, capaz de transformar o que escuta em lembretes, listas e comandos úteis no dia a dia.
A pulseira Bee escuta o ambiente constantemente, exceto quando o usuário a silencia manualmente. Toda interação registrada serve de base para um sistema de organização pessoal, como agendar compromissos, criar lembretes ou enviar mensagens.
De acordo com a empresa, a proposta é dar origem a um “telefone em nuvem”: um sistema que reproduz o conteúdo do celular sem depender de tela, usando apenas o som como interface.
“Todos devem ter acesso a uma inteligência pessoal que pareça mais uma companheira de confiança do que uma ferramenta”, anunciou a Bee em seu site oficial.
A startup havia levantado R$38,640 milhões em investimentos no ano passado e se destacou pelo preço acessível.
Enquanto concorrentes como o Humane AI Pin custavam cerca de R$2.753,48, a pulseira da Bee foi vista como uma porta de entrada mais barata para consumidores interessados em IA vestível.
A compra sinaliza um novo caminho para a Amazon, que já domina o mercado de assistentes de voz com sua linha Echo (Alexa), mas até agora não havia apostado em dispositivos vestíveis com IA.
Com essa movimentação, a empresa se junta à corrida pelo próximo passo da tecnologia de consumo.
Apesar do avanço tecnológico, o projeto levanta dúvidas sobre privacidade e segurança de dados. A pulseira escuta tudo à sua volta, e a forma como essas informações são processadas pode variar conforme a política de cada empresa.
A Bee afirma que não armazena nem utiliza as gravações de voz para treinar a IA, e que os usuários podem deletar seus dados a qualquer momento.
A empresa também diz trabalhar em mecanismos para identificar verbalmente quem consentiu em ser gravado, além de permitir pausas automáticas com base em localizações ou assuntos sensíveis.
Outra medida prevista seria migrar parte do processamento para o próprio dispositivo, o que reduziria os riscos associados ao envio de dados para servidores na nuvem.
Com o crescimento no uso desses aparelhos está crescendo, a preocupação com segurança e privacidade continua sendo um dos principais pontos de atenção.
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