Jovem com lesão na coluna volta a se levantar com ajuda de traje inteligenteAos 19 anos, a alemã Emelie, conhecida como @emelieetr no TikTok, emocionou milhões de pessoas ao postar o vídeo em que se levanta da cadeira de rodas e caminha sozinha.
O vídeo já ultrapassou 24 milhões de visualizações e mostra a influenciadora se erguendo pela primeira vez.
A evolução só foi possível graças a um traje de neuroestimulação chamado Mollii Suit, desenvolvido na Suécia para auxiliar pessoas com condições neurológicas graves.
Emelie sofreu uma lesão medular incompleta nas vértebras torácicas T11 e T12, o tipo de trauma que costuma limitar permanentemente a movimentação das pernas.
Com o uso contínuo do traje, que estimula os músculos com impulsos elétricos de baixa frequência, ela conseguiu dar passos firmes e reais.
Custando cerca de 9 mil euros, o Mollii Suit ainda é pouco disponível fora da Europa. Além disso, raramente é subsidiado por sistemas de saúde pública.
No entanto, Emelie decidiu não esperar.
Criou uma campanha em suas redes sociais e conseguiu arrecadar o valor total com a ajuda de milhares de seguidores comovidos por sua história.
Hoje, ela possui um traje próprio. Ainda que o uso não represente uma “cura”, permite que Emilie fique em pé, caminhe curtas distâncias e tenha mais autonomia em atividades simples, como passear ao ar livre.
A própria criadora reforça: o progresso não é linear, mas é possível. Em suas palavras, “a ciência está, sim, mudando vidas”.
Criado na Suécia em 2009 e lançado como tecnologia médica na Europa em 2012, o Mollii Suit é um traje composto por 58 eletrodos que estimulam a musculatura e promovem relaxamento em regiões comprometidas por espasticidade, contrações musculares involuntárias.
Ele é indicado para pessoas com paralisia cerebral, esclerose múltipla, lesão medular, AVC, fibromialgia, entre outras condições.
O traje pode ser usado por adultos e crianças a partir de 3 anos de idade. Seus efeitos, segundo estudos clínicos, variam de acordo com o tipo de lesão e frequência de uso, mas milhares de pacientes relatam avanços em equilíbrio, controle motor e qualidade de vida.
Histórias como a de Emelie ganham força nas redes sociais, mas apontam para um movimento mais profundo: a consolidação de tecnologias no campo da reabilitação.
Recentemente Brad Smith, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), conseguiu recuperar a capacidade de comunicação utilizando o dispositivo.
O implante, do tamanho aproximado de cinco moedas empilhadas, foi colocado no córtex motor por um robô especializado. A máquina é capaz de operar evitando vasos sanguíneos, reduzindo os riscos do procedimento.
Após a cirurgia, Smith passou a controlar um cursor de computador apenas com a intenção de movimento, estabelecendo uma nova forma de comunicação.
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