A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, anunciou seu terceiro sucesso na implantação de chips cerebrais em humanos.

Brad Smith, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), conseguiu recuperar a capacidade de comunicação utilizando o dispositivo.

O implante, do tamanho aproximado de cinco moedas empilhadas, foi colocado no córtex motor por um robô especializado. A máquina é capaz de operar evitando vasos sanguíneos, reduzindo os riscos do procedimento.

Após a cirurgia, Smith passou a controlar um cursor de computador apenas com a intenção de movimento, estabelecendo uma nova forma de comunicação. O dispositivo não lê pensamentos profundos, mas detecta comandos motores simples.

• Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

A Neuralink tem o objetivo de ajudar pessoas com problemas motores e problemas de comunicação

A empresa de Musk desenvolve implantes cerebrais com o objetivo de ajudar pacientes com deficiências motoras, lesões traumáticas ou problemas de comunicação.

Fundada em 2016, a startup trabalha na criação de interfaces que traduzem sinais neurais em comandos para computadores e outros aparelhos.

O primeiro humano recebeu o implante da Neuralink em janeiro deste ano, seguido por um segundo paciente semanas depois.

Ambos foram implantados como parte de um estudo experimental aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.

O primeiro paciente conseguiu jogar videogames e navegar na internet

O norte-americano Noland Arbaugh conseguiu se comunicar utilizando apenas sinais transmitidos pelo chip, mesmo após enfrentar pequenos problemas técnicos que, segundo a empresa, já foram solucionados.

O chip, chamado de Telepatia, se conecta via bluetooth a dispositivos externos e é capaz de interpretar sinais elétricos do cérebro com alta precisão, graças à presença de mais de mil eletrodos.

Segundo Elon Musk, a ambição da empresa é, no futuro, capacitar pessoas com paralisia total ou parcial a controlarem seus smartphones e, assim, realizarem diversas atividades apenas com o pensamento.

Além disso, a empresa tem como objetivo restaurar a visão em pacientes que são cegos, ampliando assim as possibilidades de interação e qualidade de vida para essas pessoas.

O dispositivo tem preço estimado de US$10,5 mil (cerca de R$56 mil) e ainda passa por etapas regulatórias antes de ser disponibilizado ao público em larga escala.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.