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As cenas de barbárie que vieram à tona após o grande atentado organizado pelo grupo terrorista Hamas. no dia 7 de outubro do ano passado. levaram o mundo a relembrar os horrores cometidos pelo regime nazista contra a comunidade judaica na Europa.
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A violência extrema contra judeus não é a única relação entre o regime de Adolf Hitler e os jihadistas.
Alguns pontos da retórica do movimento palestino se assemelham às narrativas e posições de Hitler.
Negação do Holocausto
Após o início da expansão territorial sobre a União Soviética, o regime nazista começou a organizar o assassinato da populaçõe judaica nos territórios ocupados.
A polícia do partido nazista, conhecida como SS, formou alguns grupos de extermínio chamados de Einsatzgruppe para fuzilar judeus civis.
Os fuzilamentos geravam desconforto entre os soldados, o que levou a alta cúpula do regime nazista a elaborar uma forma mais eficiente de acabar com aquela população. Nascia ali a "solução final para a questão judaica".
O regime começou a deslocar os judeus e outros grupos considerados "indesejáveis" através de trens de carga para campos de concentração, onde eram obrigados a trabalhar e posteriormente executados em grandes câmaras de gás.
Com o fim da guerra, diversas provas do esquema começaram a ser expostas, como:
imagens dos campos;
relatos de sobreviventes e
alguns poucos documentos que não foram destruídos com a derrota alemã.
Apesar das evidências, grupos antissemitas ao redor do mundo defendem que o Holocausto é, na realidade, uma narrativa criada para favorecer os judeus e legitimar Israel.
Em 2009, um dos líderes espirituais do grupo, Younis al-Astal, afirmou que a ONU estaria cometendo um "crime de guerra" após boatos de que a organização queria ensinar sobre o Holocausto:
"Adicionar o Holocausto ao currículo da UNRWA em Gaza seria comercializar uma mentira e espalhá-la... Não exagero quando digo que esta questão é um crime de guerra, devido à forma como serve aos colonizadores sionistas e lida com sua hipocrisia e mentiras.”
Dois anos depois desse episódio, o grupo afirmou que continuava lutando contra o ensino do Holocausto na região, alegando que se tratava de forjar a realidade:
"O estudo do Holocausto em campos de refugiados é um plano desprezível e serve à entidade sionista com o objetivo de criar uma realidade e contar histórias para justificar atos de massacre contra o povo palestino."
Conspiração judaica
A narrativa desenvolvida pelo Nacional-Socialismo alemão afirmava que os judeus formariam uma espécie de elite mundial, manipulando diversos movimentos históricos para benefício próprio.
Desse modo, os judeus conspirariam por meio das elites capitalistas e dos Partidos Comunistas para criar revoluções e guerras e se enriquecerem nesse processo.
A narrativa não surgiu com o nazismo, mas sim na Rússia tsarista e se propagou por toda a Europa com a grande onda de refugiados que fugiam da Revolução Russa.
Com o fim da guerra e a descoberta dos horrores do Holocausto, os protocolos perderam sua força e credibilidade, sendo relegados apenas a grupos neonazistas na maior parte do mundo.
Nos países árabes e islâmicos, no entanto, o livro continua sendo relativamente popular. Trechos do estatuto do Hamas se baseiam nas alegações dos protocolos.
O historiador Jeffrey Herfz afirma que o estatudo do Hamas combina propaganda nazista com as conspirações descritas nos Protocolos:
"O Artigo Vinte e Dois combinava os absurdos dos Protocolos dos Sábios de Sião com aqueles da propaganda nazista."
Em um trecho do estatuto, o grupo terrorista afirma que os judeus teriam comprado a mídia para controlar a opinião pública mundial:
"Com dinheiro assumem o controle da mídia mundial – agências de notícias, jornais, editoras, serviços de radiodifusão, etc."
O documento segue afirmando que os judeus estariam operando movimentos revolucionários internacionalmente:
"Com dinheiro promovem revoluções em vários países mundo afora, para servir aos seus interesses e obter lucros. Estiveram por detrás da Revolução Francesa e da Revolução Comunista e se acham por detrás da maioria das revoluções de que ouvimos falar, de tempos em tempos, aqui e ali"
Os judeus operariam através de organizações secretas notoriamente estabelecidas ao redor do mundo:
"Com dinheiro criaram organizações secretas, em todo o mundo, a fim de destruir as sociedades respectivas e servir aos interesses sionistas, organizações tais como os Maçons Livres, Rotary Clubs, Lions, os Filhos da Aliança (B'nei Brith), etc. Todas essas organizações servem para fazer espionagem e sabotagem."
Além disso, seriam os responsáveis pelas colonizações europeias:
"Com dinheiro foram capazes de assumir o controle dos países colonialistas, e os instigaram a colonizar muitos outros países, de forma a explorar os recursos de cada país e lá espalhar a corrupção moral."
O Hamas também culpa o povo judeu pelas duas guerras mundiais e por outros conflitos de menor escala:
"Não há um fim para dizer tudo sobre o envolvimento do inimigo sionista em guerras localizadas e guerras mundiais…”
“Onde há uma guerra no mundo, eles se encontram acionando os cordéis por detrás das cortinas".
Por fim, o documento relata que os judeus teriam sido os responsáveis pela criação da ONU e de sua antecessora, a Liga das Nações:
"...criaram a Liga das Nações, para poder governar o mundo por meio dessa Organização…”
“Os sionistas também propuseram a criação das Nações Unidas e o Conselho de Segurança em substituição da Liga das Nações Unidas, para governar o mundo."
Irmandade muçulmana e nazismo
O Hamas nasceu a partir de ativistas e membros da Irmandade Muçulmana, movimento social e religioso que surgiu em 1928, no Egito.
A organização promovia ações de caridade, construção de mesquitas, clubes e centros de estudos religiosos na Palestina desde a década de 1940.
Em 1987, uma onda de protestos violentos contra a ocupação israelense tomou conta dos territórios palestinos, movimento que ficou conhecido como Primeira Intifada.
Nesse contexto, membros da Irmandade Muçulmana começaram a se organizar politicamente em um movimento nacionalista e religioso chamado Movimento de Resistência Islâmica, com o acrônomo de Hamas.
As lideranças da Irmandade Muçulmana tiveram laços de proximidade e simpatia com o regime de Hitler na década de 1930 e 1940.
Um dos membros mais proeminentes da Irmandade Muçulmana nessa época era o Mufiti Haj Amin al-Husseini, principal figura religiosa na Palestina dalquele momento.
Segundo Jeffrey Herf, historiador e professor, Husseini era um antisemita fervoroso e realizou um trabalho importante na região como difusor da propaganda nazista para o mundo muçulmano:
“…o Mufti era um importante líder e propagandista nazista. Nessa capacidade, ele se envolveu em incitação letal contra os judeus…”
Husseini chegou a conhecer pessoalmente Adolf Hitler em um encontro em 1941. O professor explica que o ditador nazista enxergava em Husseini um aliado e simpatizante:
“Hitler ficou satisfeito em conhecê-lo, pois o ódio de Husseini pelos judeus e pela Grã-Bretanha, bem como seu entusiasmo pelo nazismo, eram bem conhecidos em Berlim".
Husseini em seu encontro com Hitler - Jornal Opção
Após a guerra o religioso foi ao Egito, onde foi recebido com honras de chefe de Estado pelo fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al-Banna, que chamou Husseini de "herói que desafiou um império e lutou contra o sionismo com a ajuda de Hitler e Alemanha. Alemanha e Hitler se foram, mas Amin al-Husseini continuará a luta."
O analista de Oriente Médio, Tony Duheaume, explica que as lideranças da Irmandade Muçulmana apoiavam fortemente o regime nazista.
O analista afirma que o grupo não apenas apoiava a Alemanha como também realizou ataques contra as comunidades judaicas locais para demonstrar seu apoio ao regime:
"A Irmandade Muçulmana, tanto no Egito quanto na Palestina, apoiava fortemente os nazistas, uma associação que continuou até a queda do Terceiro Reich. Durante todos esses anos de apoio, a liderança da Irmandade Muçulmana organizaram manifestações em massa, infligindo violência extrema contra a comunidade judaica."
Esses pontos mostram que mesmo com ideologias distintas, o Hamas e o Nazismo partilham alguns princípios e visões de mundo em comum. Também nutrem relações históricas próximas.