Pela primeira vez desde que foi eleito, o papa Leão XIV falou de modo mais aprofundado sobre família, política e crises globais.
A entrevista, conduzida pela jornalista Elise Ann Allen, do site católico Crux, consta no livro Papa Leão XIV: Cidadão do Mundo, Missionário do Século XXI.
Durante a conversa, Leão XIV reafirmou o ensinamento tradicional da Igreja sobre o matrimônio:
“O casamento é para um homem e uma mulher. A família é pai, mãe e filhos”, enfatizou.
O papa explicou que não prevê mudanças na doutrina sobre sexualidade ou ordenação feminina no futuro.
Ao mesmo tempo, destacou a mensagem de acolhimento herdada de Francisco: “Todos, todos, todos são bem-vindos. Não por causa de uma identidade específica, mas porque todos são filhos de Deus.”
Sobre a Fiducia supplicans, documento que tratou sobre bençãos para casais homossexuais, o papa esclareceu que a Igreja acolhe a todos, mas não reconhece oficialmente as uniões entre pessoas do mesmo sexo.
“Podemos abençoar a todos, mas não devemos buscar uma maneira de ritualizar qualquer bênção.”.
Gaza e a palavra “genocídio”
O papa abriu a entrevista falando sobre o que tem percebido sobre a guerra entre Israel e a Palestina.
“É terrível ver essas imagens na televisão… não se pode suportar tanta dor.”
Além disso, enfatizou estar preocupado com a fome e a necessidade de cuidados médicos para as crianças. Questionado sobre o uso do termo “genocídio”, o papa afirmou que a Igreja não possui uma declaração formal sobre o tema.
“Oficialmente, a Santa Sé não considera que qualquer declaração sobre o assunto possa ser feita neste momento. Há uma definição muito técnica do que pode ser genocídio. Mas cada vez mais pessoas estão levantando a questão, incluindo dois grupos de direitos humanos em Israel.”
- Entenda mais sobre o que está por trás da guerra entre Israel e o Hamas assistindo ao documentário From The River To The Sea.
 

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