Governo recuou em parte dos aumentos
No entanto, menos de 24 horas depois, a equipe econômica de Fernando Haddad recuou sobre aumentar o IOF, especificamente sobre investimentos no exterior.
A decisão do governo veio após alertas do mercado financeiro sobre possíveis impactos negativos.
Haddad justificou o recuo na alta do IOF para investimentos no exterior afirmando que:
"Operadores do mercado financeiro alertaram [...] que aquilo poderia acarretar algum tipo de problema e passar uma mensagem que não era o que queria pelo Ministério da Fazenda".
Para operações de câmbio, o imposto sobre compras com cartão de crédito no exterior subiria de 3,38% para 3,50%.
As remessas de dinheiro por pessoas físicas para o exterior também teriam uma alíquota de 3,50%, um aumento significativo em relação aos 1,10% anteriores. O envio de recursos do exterior para o Brasil não seria afetado.
Outras áreas ainda serão afetadas
Apesar de voltar atrás na mudança do IOF para o câmbio internacional, o imposto aumentará em diversos setores.
- Aportes em seguros de vida: o IOF passará a ser de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência;
- Cooperativas de crédito: operações que usam crédito com valor acima de R$ 100 milhões por ano passarão a ser tributados como empresas comuns;
- Crédito para empresas: o IOF para empresas em geral e as cadastradas no Simples Nacional, será ajustado, porém as novas alíquotas ainda não foram divulgadas;
- Saída de recursos não especificada: operações financeiras não detalhadas com recursos do exterior terão incidência de IOF de 3,5%.
O governo estima que esse pacote de medidas poderá ter um impacto de aproximadamente R$54 bilhões no orçamento.
Leia também:
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Clique aqui.