Ele seguiu defendendo as decisões da Corte contra empresas de mídia, mencionadas por Trump na carta que anunciou as sanções contra o Brasil:
“Quando ele fala da questão das empresas dele, das plataformas, é importante que ele entenda que, aqui no Brasil, quem estabelece as regras é o Brasil. É o Congresso Nacional. É o Poder Judiciário.”
O próprio presidente americano já chegou a acionar a Justiça de seu país contra o ministro Alexandre de Moraes.
A Trump Media e a plataforma de vídeos Rumble, protocolaram uma ação na Justiça dos Estados Unidos.
As empresas pediram que a Justiça do país declarasse que ordens de Moraes, como bloqueios de perfis e conteúdos, não podem ser cumpridas em território americano.
Segundo os advogados responsáveis pelo processo, as medidas feriram a Primeira Emenda da Constituição do país, que garante a liberdade de expressão.
Além de pedir que as ordens de Moraes sejam declaradas inválidas nos EUA, a ação busca proibir que o ministro obrigue empresas de tecnologia a removerem o Rumble de suas lojas de aplicativos.
Lula concluiu sua fala ressaltando que as empresas de tecnologia que operam no Brasil precisam responder à justiça do país:
“E ele não pode ficar dizendo que o Brasil não pode fazer nada com as empresas que não estão respeitando a legislação brasileira. Aqui, respeita."
No domingo, dia 9 de julho, Trump divulgou uma carta na qual anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e disse que isso acontecia por causa da “perseguição a Bolsonaro:
“Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”
O documento segue levantando acusações de que o país teria violado a liberdade de expressão e implementado medidas antidemocráticas:
“Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro)”