O mês de novembro é marcado pela conscientização do câncer de próstata. Através da campanha Novembro Azul visa conscientizar os homens sobre a importância de fazer o exame periódico e descobrir a doença no início. 

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2023 e 2025 são esperados 71 mil novos casos no Brasil. Isso significa que 67,6 a cada 100 mil homens podem desenvolver a patologia. 

A pasta revelou ainda os fatores que podem aumentar os riscos. São eles:

• trabalho em turnos;
• atividades de fundição de metais;
• contato com agrotóxicos como  herbicidas orgânicos, inseticidas;
• trabalho com a produção de borrachas; 

Bombeiros também são considerados uma população de risco para a doença. 

“É imprescindível que os homens conversem com seus médicos sobre o risco de câncer de próstata, principalmente se existem fatores de risco, como histórico familiar da doença”, alerta o órgão. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. 

Ainda segundo o INCA, alguns desses tumores podem crescer e se espalhar para outras partes do corpo, podendo ser fatais. 

No entanto, a maioria se desenvolve de forma lenta, levando cerca de 15 anos para atingir 1 cm³. Nesses casos, os pacientes não têm sintomas e não correm risco de vida. 

Foto de divulgação da campanha Novembro Azul. Imagem: Pinterest. 

Um toque que pode salvar uma vida

Um artigo do urologista Pedro Romanelli explica que o câncer de próstata é o que mais mata homens. Segundo a publicação:

“O que dificulta o diagnóstico do câncer de próstata é que, geralmente, ele não apresenta sintomas evidentes em estágio inicial”. 

Os primeiros sinais são principalmente a dificuldade de urinar ou até mesmo vontade frequente de ir ao banheiro. 

“O exame de toque retal é, sem dúvida, o principal motivo de tabu entre os homens. Porém, ele se faz necessário para que os cuidados adequados sejam adotados”.

Se o resultado apresentar suspeitas, o médico pode pedir exames de sangue complementares para ter um diagnóstico preciso. 

Quem precisa fazer o exame? 

O ideal é procurar um urologista a partir dos 50 anos de idade. Conforme o histórico do paciente, o médico irá orientar a periodicidade da avaliação preventiva. 

Pessoas em grupo de risco, como por exemplo histórico familiar, podem precisar fazer exames mais cedo. Por isso é preciso avaliar caso a caso.