Dois soldados israelenses foram mortos e três ficaram feridos durante um ataque na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
Em resposta, Israel lançou uma série de bombardeios e operações terrestres contra o Hamas, deixando pelo menos 21 mortos e atingindo um grande sistema de túneis do grupo.
“Foi uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo”, afirmou o exército israelense em nota.
O incidente representa a primeira violação do acordo de interrupção dos ataques firmado há pouco mais de uma semana sob mediação americana.
De acordo com a investigação inicial das IDF, agentes do Hamas surgiram de um túnel e dispararam granadas contra uma escavadeira militar. A explosão matou os dois soldados.
Em seguida, tiros atingiram outra escavadeira, ferindo dois operadores, um em estado grave e outro moderado. Um terceiro soldado também foi atingido em outra frente da operação.
As tropas israelenses atuavam na região para limpar túneis e estruturas remanescentes do Hamas, que continuavam a representar risco para a segurança local.
“Os agentes terroristas não tentaram sequestrar soldados”, informou o comunicado militar.
O chefe do Estado-Maior das IDF, tenente-general Eyal Zamir, declarou que as forças “permanecerão em alerta máximo”.
“Estamos preparados e nos preparando para qualquer cenário”.
Logo após o ataque, caças e drones israelenses realizaram dezenas de bombardeios no sul e centro de Gaza. De acordo com o exército, os alvos incluíam túneis, depósitos de armas e posições operacionais do Hamas, além de células de militantes identificadas em tempo real.
Um dos ataques atingiu um túnel de aproximadamente seis quilômetros de extensão, usado anteriormente pelo Hamas para manter reféns israelenses.
“A operação envolveu mais de 120 munições aéreas e destruiu uma das principais rotas subterrâneas do grupo”, informou o comunicado das IDF.
A Defesa Civil de Gaza, controlada pelo Hamas, informou que 21 pessoas morreram durante os ataques. O órgão não especificou se as vítimas eram civis ou militantes.
Em outro ponto da Faixa de Gaza, um drone israelense atacou homens armados que se aproximaram de tropas em Beit Lahiya, no norte.
“A célula representava uma ameaça iminente às forças”. O exército divulgou um vídeo do ataque, mostrando o momento do disparo.
Durante a ofensiva, Israel suspendeu temporariamente a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Autoridades israelenses afirmaram que a medida era “de precaução, não de sanção” e que o fornecimento seria retomado na manhã de segunda-feira (20).
A passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, permaneceu fechada para o trânsito de civis, embora estivesse prevista sua reabertura como parte do acordo de cessar-fogo.
O Hamas informou que encontrou o corpo de um refém israelense e pretende entregá-lo a Israel assim que as condições permitirem.
“Qualquer escalada sionista complicará as operações de busca e a recuperação dos corpos”, afirmou o grupo em comunicado.
No sábado (18), dois corpos de reféns haviam sido devolvidos a Israel. Com isso, o número de reféns mortos ainda em Gaza caiu para 16, de um total de 28 contabilizados no início do cessar-fogo.
O acordo mediado pelos Estados Unidos previa que o Hamas libertasse 20 reféns vivos e entregasse todos os corpos localizados.
Israel libertou quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados por terrorismo e penas perpétuas, além de devolver 15 corpos palestinos para cada refém morto entregue.
Horas após a retaliação, as Forças de Defesa de Israel confirmaram a retomada do cessar-fogo.
“De acordo com a diretriz do escalão político e após uma série de ataques significativos, as IDF começaram a aplicar novamente o cessar-fogo após sua violação pela organização terrorista Hamas. As IDF continuarão a manter o acordo de cessar-fogo e responderão com firmeza a qualquer violação.”
O exército israelense reiterou que continuará operando em regime de alerta máximo e que novas respostas serão imediatas em caso de novo ataque.
O ataque deste domingo foi o primeiro com mortes desde o início do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
Após os bombardeios, o acordo foi restabelecido para permitir a continuidade das negociações de reféns e da entrada de ajuda humanitária. Governos da região e organismos internacionais seguem monitorando a situação.
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