O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aprovou um novo plano militar que prevê a ocupação total da Faixa de Gaza por tempo indeterminado.
A decisão marca uma mudança na estratégia adotada até então, abandonando o modelo de incursões temporárias por uma ocupação contínua e permanente do território palestino.
Atualmente, as Forças de Defesa de Israel já controlam cerca de 50% de Gaza de forma temporária.
A medida aconteceu um dia após Israel anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para intensificar as operações militares.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, declarou que a população palestina começará a deixar Gaza em até seis meses:
"Quando Gaza for completamente destruída, seus cidadãos se concentrarão ao sul do corredor de Morag e começarão a sair em grandes grupos para outros países", disse Smotrich, segundo a imprensa local, celebrando: "Finalmente vamos ocupar a Faixa de Gaza".
A fala aconteceu durante uma conferência no assentamento judaíco de Ofra, na região da Cisjordânia.
Segundo fontes do gabinete israelense ouvidas pela Associated Press, o plano será implementado de forma gradual e inclui o controle da ajuda humanitária que entra no território.
A justificativa oficial do governo Netanyahu o plano de ocupação é "aumentar a pressão" sobre o Hamas para forçar uma negociação de cessar-fogo em termos favoráveis.
Parte das exigências israelenses incluem a libertação de todos os reféns ainda em poder do grupo.
No entanto, membros do alto escalão do Hamas teriam dito que não tem interesse em negociar com Israel.
Segundo a BBC, o ex-Ministro da Saúde de Gaza, Bassem Naim, teria dito que não vê motivos para negociar e acusou o país de cometer crimes contra a humanidade:
"Não há sentido em quaisquer negociações ou envolvimento com novas propostas enquanto [Israel] continua sua guerra de fome contra nosso povo na Faixa de Gaza - uma guerra que a comunidade internacional, incluindo instituições da ONU, considerou um crime de guerra em si,"
O governo israelense também tem afirmado que a ocupação seria necessária para impedir o retorno do Hamas ao poder em Gaza.
No entanto, essa nova estratégia gera preocupações. O chefe das Forças Armadas israelenses admitiu que a ocupação total pode colocar em risco a vida dos reféns restantes.
As estimativas mais recentes apontam para 21 reféns vivos nos territórios palestinos e 38 corpos.
Além disso, a ONU já havia rejeitado propostas de ocupação e remoção de civis, alertando para os riscos de violações de direitos humanos.
Familiares dos sequestrados protestaram contra o plano, acusando Netanyahu de priorizar a tomada de Gaza sobre a vida de seus parentes.
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