Israel atacou instalações nucleares do Irã e matou cientistas ligados ao programa de energia atômica do país ao longo do final de semana.
A justificativa da ação foi impedir que o regime dos aiatolás tivesse a capacidade de construir armas nucleares.
Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evidências apontam que o país estava a meses de desenvolver sua primeira bomba.
Organizações internacionais alegam que o Irã tem a capacidade de criar esse tipo de armamento, mas não havia tomado a decisão política.
A doutrina de defesa do país, escrita em 2004 por meio de um decreto religioso, impede a produção ou aquisição de armas de destruição em massa, principalmente atômicas.
Apesar disso, líderes ocidentais temem há décadas que o país esteja trabalhando clandestinamente na construção de artefatos do tipo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAAE) afirma que o país consegue enriquecer urânio com até 60% de pureza, apenas um passo técnico dos 90% necessários para armamentos.
Segundo o relatório divulgado pela agência em agosto do ano passado, o Irã teria aumentado em 16% suas reservas de material enriquecido.
O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, afirmou em julho de 2024 que a República xiita precisaria de apenas uma ou duas semanas para produzir o material radioativo necessário para fabricar armas nucleares.
Uma vez que o país atingisse a produção necessária de urânio enriquecido, o governo iraniano ainda enfrentaria uma série de dificuldades para efetivamente construir uma bomba.
A principal seria desenvolver um dispositivo para iniciar a reação em cadeia responsável pela explosão.
Segundo um relatório divulgado pelo Congresso dos Estados Unidos em março de 2024, o “Irã ainda não possui um projeto viável de arma nuclear ou um sistema de detonação explosiva adequado”.
O relatório também afirma, com base nos dados levantados pelos observadores internacionais, que o processo de confecção do detonador do explosivo poderia durar “vários meses”.
Em setembro de 2023, o governo dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram que têm evidências de que o Irã está fortalecendo seus laços militares com o governo de Vladimir Putin.
Segundo os países ocidentais, o Irã estaria fornecendo mísseis balísticos para ajudar as tropas russas na guerra contra a Ucrânia e, em troca, receberia tecnologia.
Anthony Blinken chegou a comentar o caso durante uma visita na Inglaterra:
"Por sua vez, a Rússia está compartilhando a tecnologia que o Irã busca. É uma via de mão dupla, incluindo questões nucleares, bem como algumas informações espaciais."
Ainda não é claro o impacto da aliança; porém, a ajuda de especialistas russos e informações privilegiadas podem acelerar o processo de fabricação de armamentos nucleares.
Durante uma entrevista para a Fox News, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comparou uma arma nuclear iraniana a um novo holacausto:
"Não teremos um segundo holocausto, um holocausto nuclear. Já tivemos um no século passado - o Estado judeu não vai permitir que o holocausto seja cometido contra o povo judeu. Isso não vai acontecer."
Netanyahu disse que seu governo tinha provas de que o Irã estava a apenas "meses" de desenvolver sua primeira arma nuclear.
Além disso, ele alega que o país teria a capacidade de produzir “pelo menos nove bombas”. Essas evidências teriam sido compartilhadas com agentes do governo americano.
Essa visão é compartilhada por intelectuais israelenses. Durante entrevista para o filme From the River to the Sea, da Brasil Paralelo, o especialista em cultura árabe e islâmica, Mordechai Kedar, afirmou que o regime iraniano está preparando uma bomba atômica:
"Não há dúvidas de que eles estão preparando uma bomba atômica. Eles enganaram o mundo inteiro alegando que não a estavam desenvolvendo, mas desenvolveram sim."
Kedar também alertou para a capacidade de alcance de armas desenvolvidas no Irã:
"Eles criaram mísseis que podem levar essa arma nuclear para muito além de Israel, Israel é apenas o posto avançado da cultura ocidental no Oriente Médio."
O major General Yaakov Amidror, ex-chefe do conselho de segurança de Israel, relembrou a dificuldade de convencer os aliados sobre a gravidade da situação e destacou a urgência atual:
"Os americano levaram dois anos para se convencerem de que era grave e durante esse tempo disseram que estávamos enganados. [...] Desde então Israel trabalhou para retardar todo o processo no Irã. Até o momento tem dado certo para nós, mas está acabando e o Estado de Israel vai enfrentar uma decisão difícil sobre o que fazer se não quiser que eles tenham armas nucleares."
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