A Revolução Iraniana não é só um capítulo do passado. Ela moldou o Irã moderno e continua a influenciar o mundo.
O Irã de hoje é uma potência regional, com um governo que mistura religião e política, e suas ações – como o programa nuclear ou o apoio a grupos no Oriente Médio – surgiram devido a essa revolução.
Na década de 1970, o Irã era um país onde o petróleo jorrava riqueza, mas nem todos sentiam o impacto dessa prosperidade.
No centro dessa história está um líder poderoso, o Xá Reza Pahlavi, que governava com mão de ferro, prometendo modernização, mas deixando muitos iranianos frustrados com a repressão e a desigualdade, bem como suas ações contrárias à religião islâmica.
É nesse cenário que começa a Revolução Iraniana, um evento que mudou não só o Irã, mas também o Oriente Médio.
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Também chamada de Revolução Islâmica, foi um movimento popular que aconteceu entre 1978 e 1979 e derrubou a monarquia do Xá Reza Pahlavi, instaurando uma república islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini.
Foi um marco histórico que transformou o Irã de uma monarquia pró-ocidente em um país governado por princípios islâmicos, com grande impacto na política global.
O contexto: O Irã antes da revolução
Antes de 1979, o Irã era uma monarquia liderada pelo Xá Reza Pahlavi, que assumiu o poder em 1941. Ele queria modernizar o país, inspirado por potências ocidentais, como os Estados Unidos.
Mas nem tudo era tão simples. Aqui estão os pontos principais do cenário pré-revolução:
Modernização e pobreza: O Xá promoveu a chamada "Revolução Branca", um conjunto de reformas para industrializar o Irã, melhorar a educação e dar direitos às mulheres. Porém, essas mudanças beneficiaram mais as elites urbanas, enquanto camponeses e trabalhadores continuavam em condições precárias, diz o The last great revolution turmoil and transformation in Iran, artigo de Robin B. Wright.
Dependência do Ocidente: O Irã era um grande aliado dos EUA, que apoiavam o Xá em troca de acesso ao petróleo. Isso irritou muitos iranianos, que viam o Xá como uma marionete do Ocidente.
Repressão política: A polícia secreta do Xá, chamada SAVAK, perseguia opositores, censurava a imprensa e prendia qualquer um que criticasse o governo, chegando a matar estudantes islâmicos que protestavam contra a abertura de um bar no país islâmico. Isso gerava revolta, especialmente entre intelectuais, religiosos e estudantes.
Tensões religiosas: O Xá promovia um estilo de vida ocidental, como roupas modernas e eventos sociais que chocavam os valores tradicionais de muitos iranianos, especialmente os líderes religiosos xiitas, que tinham grande influência sobre o povo.
Esse caldeirão de insatisfação – pobreza, repressão e descontentamento cultural – criou o terreno da revolução.
Os principais momentos da revolução
A Revolução Iraniana foi uma onda de protestos, greves e confrontos que culminaram na queda do Xá:
1978 – A faísca inicial: protestos começaram em cidades como Qom, após o artigo contra Khomeini. A repressão policial matou manifestantes, o que gerou mais protestos em um ciclo de violência.
Greves e paralisação: trabalhadores do setor de petróleo, essencial para a economia, entraram em greve, paralisando o país. Isso enfraqueceu o governo do Xá.
"Setembro Negro" (8 de setembro de 1978): tropas do Xá abriram fogo contra manifestantes em Teerã, matando dezenas. Esse evento chocou o país e radicalizou a revolta.
Exílio do Xá: em janeiro de 1979, enfrentando pressão popular, o Xá fugiu do Irã, deixando o governo nas mãos de um primeiro-ministro fraco.
Retorno de Khomeini: Em 1º de fevereiro de 1979, Khomeini, autoridade religiosa xiita, voltou do exílio e foi recebido por milhões de pessoas em Teerã. Ele assumiu o comando do movimento.
Vitória da revolução: Em 11 de fevereiro de 1979, após confrontos entre manifestantes e o exército, a monarquia caiu. Khomeini declarou a criação de uma república islâmica.
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As consequências: o que mudou no Irã?
A Revolução Iraniana transformou o país e causou efeitos globais. Vamos ver o que aconteceu depois:
Nova constituição: em dezembro de 1979, o Irã adotou uma constituição que criou a República Islâmica, com Khomeini como líder supremo. O governo passou a ser baseado em leis islâmicas.
Mudanças sociais: mulheres foram obrigadas a usar véus, e costumes ocidentais foram reprimidos. A educação e a cultura passaram a seguir valores islâmicos.
Tensões com o Ocidente: a revolução acabou com a aliança do Irã com os EUA. Um evento marcante foi a Crise dos Reféns (1979-1981), quando estudantes iranianos invadiram a embaixada americana em Teerã e fizeram 52 reféns por 444 dias.
Impacto global: a revolução inspirou movimentos islâmicos em outros países e mudou o equilíbrio de poder no Oriente Médio, aumentando tensões com vizinhos como o Iraque (o que levou à Guerra Irã-Iraque, 1980-1988).
Desafios internos: nem todos os grupos que apoiaram a revolução ficaram satisfeitos. Comunistas e liberais foram marginalizados, e o governo de Khomeini também usou repressão para manter o poder.
Apoio ao Terrorismo e Tensões Internacionais: após a Revolução Iraniana de 1979, o Irã passou apoiar grupos terroristas, como o Hezbollah no Líbano e milícias xiitas no Iraque. O governo iraniano fornece recursos financeiros, treinamento e armas a esses grupos, visando expandir sua influência no Oriente Médio, o que intensificou conflitos regionais e gerou sanções econômicas contra o país.
Por que essa história importa hoje?
A Revolução Iraniana não é só um capítulo do passado. Ela moldou o Irã moderno e continua a influenciar o mundo.
O Irã de hoje é uma potência regional, com um governo que mistura religião e política, e suas ações – como o programa nuclear ou o apoio a grupos no Oriente Médio – geram debates globais.
Além disso, a revolução mostra o poder de um povo unido por uma causa, mas também os desafios de transformar ideais em realidade sem gerar novos conflitos ou divisões. Aqui estão alguns motivos pelos quais essa história segue relevante:
Geopolítica Global: o Irã é um jogador central no Oriente Médio, com influência em países como Síria, Líbano e Iêmen. Suas tensões com os EUA, Israel e países árabes sunitas, como a Arábia Saudita, afetam o equilíbrio de poder na região e impactam questões como preços do petróleo e segurança internacional.
Programa Nuclear: o programa nuclear iraniano, iniciado décadas após a revolução, é uma fonte constante de controvérsia. Acordos como o JCPOA (Acordo Nuclear de 2015) e suas subsequentes rupturas mostram como a desconfiança gerada pela revolução ainda molda a diplomacia global.
Inspiração e Conflito: a Revolução Iraniana inspirou movimentos islâmicos em outros países, mas também alimentou rivalidades sectárias, como entre xiitas (majoritários no Irã) e sunitas. Isso contribui para conflitos em lugares como o Iêmen e o Iraque.
Lições sobre Revoluções: a revolução ensina que mudanças populares podem derrubar regimes, mas também trazer consequências inesperadas, como repressão interna ou polarização. É um lembrete para povos em busca de transformação em qualquer lugar do mundo.
Direitos Humanos e Sociedade: o Irã pós-revolução enfrenta críticas por restrições a liberdades individuais, especialmente para mulheres e grupos não islâmicos. Movimentos como os protestos de 2022, após a morte de Mahsa Amini, mostram que o legado da revolução ainda gera debates internos sobre liberdade e justiça.
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A produção viajou até o Oriente Médio para mergulhar nas raízes históricas e políticas do conflito entre Israel, Palestina e Irã, explorando como eventos do passado, incluindo a influência de movimentos revolucionários na região, continuam impactando o presente.
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Por que assistir? O documentário oferece uma análise profunda, com entrevistas de especialistas e imagens impactantes, para ajudar você a compreender as complexidades de uma das questões mais debatidas do mundo. É uma chance de conectar os pontos entre revoluções, como a do Irã, e os desafios geopolíticos atuais.
Faça parte da conversa! Após assistir, compartilhe suas reflexões com amigos ou nas redes sociais. Entender o passado é o primeiro passo para formar sua própria visão sobre o futuro.
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