
De janeiro a outubro, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) desembolsou R$69 milhões em campanhas digitais, um aumento de 110% em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de R$33 milhões.
A nova estratégia mira influenciadores de médio alcance, escolhidos para falar com públicos fora da bolha petista, especialmente eleitores de centro e centro-direita.
As campanhas começaram a ganhar força em julho, depois de um semestre marcado por notícias, como a crise do Pix, a alta no preço dos alimentos e denúncias de fraudes no INSS.
Desde então, as quatro agências contratadas pela Secom passaram a incluir influenciadores digitais nas ações de comunicação do governo.
Esses criadores não são pagos diretamente pela secretaria e recebem em média R$20 mil por campanha.
Entre os nomes escolhidos está o apresentador João Kléber, conhecido pelo quadro Teste de Fidelidade.
Em uma das peças, ele aparece no calçadão de Osasco, na Grande São Paulo, perguntando às pessoas: “Você é fiel ao Brasil?”
A guinada digital começou com a chegada de Sidônio Palmeira, publicitário e marqueteiro histórico do Partido dos Trabalhadores, que assumiu a Secom em janeiro.
Sob sua gestão, o investimento em propaganda online passou de 13,7% para 25% do orçamento total de comunicação.
Durante a administração anterior, comandada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a maior parte da verba era destinada a rádios de cidades pequenas e campanhas de TV.
Palmeira também aumentou em 93% o investimento em publicidade no cinema, que passou de R$1,1 milhão para R$2,1 milhões, coincidindo com a vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar de 2025.
O investimento crescente em comunicação digital ocorre a um ano das eleições municipais de 2026, quando o governo tenta ampliar sua presença nas redes sociais.
Na última semana, o presidente Lula esteve na Malásia e anunciou que será candidato à reeleição ao Palácio do Planalto.
A estratégia marca uma mudança na forma como o governo busca comunicar suas ações, ampliando o investimento em campanhas digitais e no uso de influenciadores para alcançar diferentes públicos.
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