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Atualidades
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Influenciadora recusa convite do governo: "Não existe almoço grátis, muito menos energia elétrica gratuita"

Governo Federal contrata influenciadores para campanhas oficiais. Saiba mais.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
22/9/2025 16:17
Reprodução

O governo federal passou a apostar em influenciadores digitais para divulgar suas iniciativas. Criadores de conteúdo de diferentes perfis foram contratados para campanhas oficiais, entre elas a do programa Luz do Povo.

Na prática, o programa garante conta de luz gratuita para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico que consomem até 80 kWh por mês, o suficiente para cobrir o gasto básico de uma casa pequena.

Para ampliar o alcance da iniciativa, o governo contratou influenciadores digitais de diferentes áreas. Entre eles:

Laura Sabino

Youtuber e integrante do MST, com mais de 500 mil seguidores no Instagram e 225 mil inscritos no YouTube.

Já foi colunista do Brasil de Fato e da Revista Jacobina e mantém vínculos com projetos de formação política. Laura é apresentadora do programa Webcomunistas no instituto conhecimento liberda (ICL).

Miwa Kashiwagi

Formada pela FGV e assessora da área de internacionalização da instituição. Já havia colaborado com conteúdos para o perfil do governo. Kashiwagi possui mais de 70 mil seguidores em seu instagram.

Nátaly Neri

Criadora de conteúdo com mais de 800 mil inscritos no YouTube e 650 mil seguidores no Instagram, Nátaly Neri gravou ao lado da ministra Marina Silva o programa GovDR.

Segundo o perfil do Governo Federal, a atração é uma “Discussão de Relação entre o governo e a sociedade: um espaço para ouvir, dialogar e pensar junto o Brasil do presente e do futuro”

Outros influenciadores presentes no perfil do governo federal são:

  • Paulo Victor Freitas, publicitário e atleta profissional de parkour, com 460 mil seguidores no Instagram.
  • Martina Giovanetti, estudante de Relações Internacionais e produtora de conteúdo, com mais de 1,5 milhão de seguidores somados em suas redes.

Polêmica após recusa

A estratégia do governo de usar influenciadores em campanhas oficiais também encontrou resistência.

A educadora financeira Elisiane Moreira, conhecida por seus conteúdos sobre finanças e investimentos, afirmou ter recusado um convite para participar da divulgação do programa de descontos na conta de luz.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Elisiane explicou que decidiu não aceitar o convite por acreditar que o projeto traria custos ocultos para os consumidores.

Segundo ela, o programa tem um custo estimado de R$3,6 bilhões por ano, que seria repassado a empresas e consumidores fora da Tarifa Social.

Trinta por cento do custo de qualquer produto ou serviço no Brasil está ligado à energia elétrica. Se as empresas pagarem mais, vão repassar ao consumidor final, disse.

Para a influenciadora, até mesmo os beneficiados sentirão o impacto, já que preços de itens básicos, como pão, leite e remédios, podem subir.

Elisiane afirmou que, embora o governo apresente a medida como uma ação social, ela teme efeitos negativos sobre a inflação e a classe média.

“Não existe almoço grátis, muito menos energia elétrica gratuita”, declarou.

A influenciadora também disse que recusou a proposta por razões pessoais e éticas.

“O governo oferece holofote, dinheiro e palco, mas esse palco custa caro. Seria às custas de tentar iludir o público. Minha missão sempre foi com a verdade, não com agradar o governo.”

No relato, mencionou ainda o filho de cinco anos como motivação para manter a integridade profissional.

“Quero que ele saiba que sua mãe não teve medo de fazer a escolha certa.”

Plataforma para recrutar influenciadores de esquerda

Além das campanhas pontuais, o Partido dos Trabalhadores lançou em julho a plataforma "Pode Espalhar – Influenciadores com Lula".

O site, desenvolvido em parceria com a Fundação Perseu Abramo, reúne interessados em divulgar conteúdos em defesa das propostas do governo.

Na reunião de lançamento, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do partido, afirmou que a ideia é criar uma rede nacional de mobilização digital para defender medidas do Executivo e combater a oposição.

Na apresentação os criadores da plataforma a definem como:

“Uma rede de militância nacional, digital e organizada que produz e compartilha conteúdos para:
• Defender o povo, a democracia e as conquistas do governo Lula
• Combater a extrema direita, as mentiras e espalhar esperança”.

A plataforma pede dados pessoais e permite que os cadastrados escolham como colaborar, seja divulgando postagens, promovendo eventos ou organizando equipes locais.

A presença crescente de influenciadores em campanhas oficiais e a criação de uma plataforma digital dedicada a apoiadores evidenciam a importância que o governo federal passou a dar à comunicação direta nas redes sociais.

Em agosto, o STF também convidou influenciadores

O Supremo Tribunal Federal lançou a campanha “Leis e Likes”, que reuniu 26 influenciadores digitais com o objetivo de aproximar a Corte da população. A iniciativa incluiu a produção de vídeos curtos e figurinhas para aplicativos de mensagens.

Pesquisas recentes indicam que a credibilidade do STF é tema de debate: levantamentos mostram que mais da metade dos brasileiros afirma desconfiar da instituição.

Ao mesmo tempo, cresce a discussão pública sobre o papel e a atuação do tribunal no cenário nacional.

A campanha gerou diferentes interpretações. De um lado, foi vista como estratégia de comunicação institucional; de outro, levantou questionamentos sobre a eficácia do uso de influenciadores para tratar da imagem de uma das principais instituições do país.

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