O STF está ouvindo os oito principais réus acusados (porquem) de participar de um plano para anular o resultado das eleições de 2022 e convocar outras.
Entre ontem e a manhã de hoje, cinco ex-membros do governo Bolsonaro já prestaram depoimento:
O interrogatório do ex-presidente está marcado para começar às 14h30 desta terça-feira (10).
Os depoimentos estão sendo transmitidos ao vivo pelo canal do youtube da Brasil Paralelo, assista abaixo:
Os réus estão frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Primeira Turma do STF, e com o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Veja quem está sendo interrogado e quais são as acusações:
A maioria dos réus responde por cinco crimes:
Quando somadas, as penas por esses crimes podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Apontado pela PGR como o líder da organização criminosa. Segundo a acusação, foi responsável pelas principais decisões.
A PF também acredita que Bolsonaro liderou a propagação de ataques ao sistema eleitoral, e a pressão sobre os comandantes militares para que aderissem a um suposto plano para reverter a eleição.
Ele também é acusado de ter editado a versão final de um decreto para convocar Estado de Sítio. A defesa nega as acusações.
Considerado um dos articuladores centrais. A PGR afirma que ele participou de reuniões para planejar as ações.
Além disso, é acusado de ter pressionado militares que não aderiram à trama e atuou no financiamento de atos
Ele também estava previsto como o coordenador-geral de um "gabinete de crise" que seria instaurado após a ruptura.
Acusado de auxiliar diretamente Bolsonaro no plano criminoso. Segundo a PGR, teve papel importante na construção dos ataques ao sistema eleitoral e teria participado do planejamento para descumprir decisões judiciais.
Registros em sua agenda indicariam conhecimento sobre um esquema de monitoramento de figuras públicas.
Acusado de replicar as narrativas de fraude nas urnas e atuar para implementar bloqueios da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste durante as eleições.
Além disso, Anderson é investigado por elaborar documentos que seriam usados na trama, como a minuta de decreto de Estado de Defesa encontrada em sua casa.
Ele também é investigado por omissão nos atos de 8 de janeiro.
Segundo a PGR, participou de uma reunião em que Bolsonaro teria pedido a todos os presentes que propagassem seu discurso de fraude nas urnas.
A acusação também aponta que ele instigou a ideia de uma intervenção das Forças Armadas no processo eleitoral e apresentou uma versão do decreto aos comandantes militares.
As investigações indicam que ele foi o único dos comandantes das Forças Armadas que aderiu prontamente ao plano.
Em uma reunião em dezembro de 2022, teria se colocado à disposição de Bolsonaro para seguir as ordens do decreto.
Acusado de prestar auxílio direto a Bolsonaro na construção e direcionamento das mensagens de ataque às urnas eletrônicas.
Ele também teria comandado um grupo de policiais e agentes que se valeu da estrutura de inteligência do Estado de forma indevida.
Parte do "núcleo crucial", mas com "menor autonomia decisória", segundo a PGR. Atuou como porta-voz de Bolsonaro, transmitindo orientações ao grupo.
Em seu celular, foram encontrados diversos documentos relacionados à trama. Mauro Cid se tornou o principal delator do suposto plano.
Após a conclusão dos interrogatórios desta semana, o ministro Alexandre de Moraes abrirá um prazo para que a acusação e as defesas de cada um dos réus apresentem suas "alegações finais" por escrito.
Depois dessa etapa, o processo estará pronto para o julgamento final pela Primeira Turma do STF, que é composto pelos ministros:
A expectativa é que a decisão sobre a condenação ou absolvição dos réus ocorra no segundo semestre deste ano.
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