As Forças Armadas Brasileiras (FA) são compostas pela Marinha, Aeronáutica e Exército, instituições dedicadas a salvaguardar os interesses nacionais e defender as fronteiras do país.
No Brasil, as FA também são utilizadas em operações de resgate e auxílio em situações de catástrofe, destruição de infraestrutura e operações especiais de segurança pública.
As pesquisas indicam que as Forças Armadas são uma das instituições com maior confiança popular no Brasil.
Veja o comportamento histórico dos níveis de confiança nas FA desde 2009, segundo as pesquisas da CESOP em parceria com o Ibope e Ipec:
Os dados apontam que até mesmo quando há uma queda nos números de pessoas que afirmavam confiar muito, o indicador positivo de “Alguma Confiança” apresenta crescimento.
Isso significa que mesmo em meio à queda no número de pessoas que confiam muito na instituição, os indicadores positivos seguem sendo maioria absoluta.
Então, mesmo em momentos onde há uma queda na confiança, a instituição segue entre as mais confiáveis para os brasileiros.
Outro ponto a ser analisado no comportamento apontado no índice de confiança nas Forças Armadas é a forma como ele reage aos acontecimentos políticos do país.
O ano de 2013 foi marcado por grandes protestos populares iniciados por um aumento nas passagens do transporte público.
Os protestos começaram a refletir problemas maiores do povo brasileiro, que enfrentava uma dura crise econômica.
Além disso, no início de 2014, uma operação da Polícia Federal começava a expor casos massivos de corrupção envolvendo todas as esferas do governo federal, a Operação Lava-Jato.
Todas as instituições de Estado sofreram com a descrença da população brasileira. Neste cenário, as Forças Armadas conseguiram se tornar o órgão público de maior confiança na percepção pública.
Conforme as manifestações contra o governo Dilma cresciam e se propagavam, camadas populares desesperançosas começaram a olhar para as forças armadas como saída para a crise.
Foi um momento propício para revisionismos históricos sobre o regime militar, com narrativas favoráveis ao governo dos generais se propagando pela internet.
O gráfico mostra que após o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, as pessoas que afirmavam confiar muito nas FA aumentaram em 7,2%.
Em 2018, a instituição foi acionada pelo governo Temer para auxiliar as forças de segurança pública no Rio de Janeiro.
Apesar de reduzir a criminalidade em um primeiro momento, a intervenção foi alvo de muitas críticas.
No mesmo ano, um polêmico ex-capitão do Exército com um discurso simpático ao regime militar começou a liderar uma polarizada corrida presidencial.
Durante a eleição de Jair Bolsonaro, houve uma politização da visão brasileira sobre as forças armadas, o que pode ter resultado na queda brusca observada no gráfico.
Conforme a situação política e a campanha se apresentava mais acirrada, a confiança nas FA caiu e a desconfiança cresceu mais de 6 pontos percentuais.
O ano seguinte foi marcado pela esperança no governo recém instaurado e pela simpatia de grande parte da população nas Forças Armadas.
A confiança subiu ainda mais no ano seguinte, quando a instituição foi acionada para ajudar na logística da crise sanitária que tomou conta do Brasil e do mundo durante a pandemia de covid-19.
Desde 2021, no entanto, a associação entre FA e Bolsonaro tem gerado uma queda na credibilidade da instituição, o que vem piorando conforme a PF acusa o governo anterior de planejar um golpe.
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