Para contar a história do fascismo, não bastava abrir livros. Era preciso atravessar oceanos, caminhar por ruas que ainda guardam cicatrizes do século XX e entrar nos lugares onde a ideologia nasceu e se espalhou.
A primeira parada foi nos Estados Unidos, na Flórida. Ali, em uma universidade ao norte de Orlando, as primeiras entrevistas lançaram as bases da investigação. Mas logo a equipe cruzaria o Atlântico em busca de algo maior.
Na Inglaterra, depois de horas de estrada e trânsito pesado, o destino era Oxford. Conseguir filmar no Jesus College exigiu paciência e negociações, mas as portas se abriram.
Dentro da biblioteca fundada em 1496 o tempo parecia suspenso.
“Biblioteca lendária e mais antiga que o Brasil. Ela foi fundada em 1496, enquanto que o Brasil foi descoberto em 1500”, afirma Trevor Landolt produtor da Brasil Paralelo.
Entre prateleiras seculares, a história ganhava corpo diante das câmeras.
Da Grã-Bretanha para a Alemanha. Berlim, capital do antigo Terceiro Reich, foi a primeira parada. Em seguida, Munique, berço do nazismo.
O dia amanheceu chuvoso e frio, mas não havia escolha: era hora de gravar em Dachau, o primeiro campo de concentração criado por Hitler em 1933.
O trajeto foi longo, sob chuva e vento, até chegar ao local onde começaram os “experimentos” que depois se espalhariam por toda a Europa.
Entrada do campo de concentração em Dachau. Imagem: Reprodução.
Na Itália, novos capítulos se abriram. Em Milão, um convite inesperado abriu as portas de um museu exclusivo para a equipe. Em Bolonha, a entrevista com o historiador Mark Gilbert trouxe novas reflexões.
“O museu em Saló nos convidou para filmar seu acervo histórico e abriu as portas exclusivamente para nossa equipe”.
Mais ao sul, a Vila Mussolini revelou objetos pessoais do ditador, preservados como testemunhas silenciosas de um tempo sombrio.
"Estamos aqui então na vila Mussolini, uma das casas da de Mussolini que ele morava quando estava vivo com a esposa dele. Hoje é museu repleto de bens pessoais, coisas que acho que nunca foram mostradas em vídeo, que a gente pretende utilizar aí na na história do fascismo". Afirma o produtor.
Ainda na península, a câmera registrou Littoria hoje chamada Latina, cidade erguida em 1932 como símbolo do projeto urbanístico fascista.
A última etapa levou a equipe a Paris, ao Instituto de Ciências Políticas. Ali, novas entrevistas fecharam a jornada, somando vozes ao mosaico construído ao longo de meses de viagem.
Instituto de Ciências Políticas em Paris. Imagem: Reprodução.
De cada cidade, um fragmento. De cada lugar, uma peça de um quebra-cabeça maior: o fascismo como projeto totalizante, que ultrapassou a política e se apresentou como religião civil, baseada no culto ao líder, na disciplina e na violência.
O resultado é uma das maiores produções da Brasil Paralelo: a série História do Fascismo. Uma investigação inédita para separar fatos de slogans, romper com os achismos e devolver clareza a um dos termos mais distorcidos do nosso tempo.
Vivemos na era em que opiniões rasas e slogans políticos tomam o lugar da história. O fascismo acabou se tornando uma das principais vítimas dessa superficialidade: usado de modo ofensivo, porém, mas raramente estudado em profundidade.
História do Fascismo foi produzido para romper isso. Para oferecer ao público brasileiro uma visão clara, documentada e rigorosa sobre o tema.
Uma produção que busca separar mito de realidade, slogans de fatos, e mostrar por que esse termo ainda é tão usado e tantas vezes de forma equivocada.
No dia 2 de setembro, estreia o primeiro episódio da trilogia História do Fascismo. Uma série documental inédita em três partes.
Porque um tema tão sério não pode continuar sendo tratado apenas com base em achismos.
Para não perder o documentário, toque aqui para saber mais.
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