Nos bastidores da ginástica olímpica, um novo embate veio à tona. A medalhista MyKayla Skinner Harmer decidiu se manifestar após as declarações de Simone Biles contra a ex-nadadora Riley Gaines.
Riley, conhecida por denunciar a participação de homens biológicos em competições femininas, foi chamada de “doente” por Biles em uma publicação recente. Depois da repercussão, Biles apagou o post e se desculpou.
Para Harmer, as palavras da ex-colega de equipe revelam um problema maior: a desvalorização do esforço das mulheres no esporte.
“A competição deveria nos elevar, não diminuir os outros. É preocupante ver Simone rotular uma colega de ‘perdedora’ por defender a justiça nos esportes femininos”, afirmou a ginasta.
- Riley ficou conhecida após empatar com Lia Thomas, um atleta transgênero. O caso é apresentado no episódio 2 da série As Grandes Minorias, Geração Sem Gênero, assista gratuitamente.
Harmer e Biles têm um histórico longo como companheiras de equipe. Mas a relação azedou quando, em 2024, Harmer criticou a ética de trabalho das atletas da seleção americana..
Segundo Harmer, o episódio desencadeou um período de colapso emocional. Ela chegou a evitar até assistir às Olimpíadas. Mas o apoio que recebeu após suas declarações recentes mostrou que não estava sozinha.
“Ver o que a Riley passou me tocou. Eu sabia o que era aquilo. Era hora de falar.”
Hoje, mãe de uma menina de quase dois anos, Harmer diz que defende o esporte justo não só por si mesma, mas pelas futuras gerações:
“Quero que minha filha tenha as mesmas oportunidades que eu tive. Se ela quiser competir, que encontre um ambiente justo para isso.”
A polêmica que reacendeu o debate
Tudo começou quando Riley Gaines comentou o caso de um menino biológico jogando em um time feminino de softball. A crítica incomodou Simone Biles, que reagiu com ofensas. A resposta de Harmer pública e firme “esquentou” a discussão.
Agora, ela é uma das poucas atletas olímpicas que se posicionam com clareza sobre o tema. E afirma:
“Não é sobre política. É sobre justiça no esporte feminino. E sobre dar voz a quem está sendo silenciado.”
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