A Universidade Estadual de San José (San José State University), na Califórnia, foi processada por colocar uma transexual no Spartans, time de vôlei da instituição.
O caso foi divulgado em abril de 2024 por um site conservador dos EUA. A jogadora já havia competido durante três temporadas antes que sua condição fosse revelada.
Diante da situação, dez jogadoras da liga estudantil pediram na Justiça que a atleta fosse retirada das competições. Uma delas foi Brooke Slusser, uma ex-colega de equipe da transsexual, que não teve o nome divulgado.
Após dois juízes terem negado o pedido, a atleta permanece em atividade.
Em protesto, seis equipes se recusaram a jogar contra o time da San Jose State. Pelo menos seis jogos foram cancelados devido à recusa das atletas em entrar em campo. Um dos casos foi da Boise State University.
Horas após se classificar para as semifinais do torneio de vôlei da Mountain West Conference 2024, o time divulgou uma nota anunciando sua desistência da competição. A equipe enfrentaria as Spartans. Segundo a Boise, isso colocaria suas atletas em desvantagem.
“A decisão não foi fácil. Nossa equipe se superou para garantir um lugar na competição e vencer a Utah State na primeira rodada na quarta-feira, 28 de novembro. Elas não deveriam ter que abrir mão dessa oportunidade enquanto esperam por um sistema mais adequado, que atenda a todos os atletas”.
O confronto entre as duas equipes estava programado para o dia 29 de novembro. Essa foi a sétima vez que a Boise se recusou a jogar contra as Spartans.
Nas partidas que aconteceram, torcedores se manifestaram contra e a favor da presença de Slusser.
O Spartans perdeu para o Colorado State no último sábado, 30 de novembro. Com isso, não conseguiu se classificar para o torneio nacional e encerrou a temporada de 2024.
O técnico Todd Kress defendeu sua equipe, dizendo que todas estavam jogando de acordo com as regras da liga.
Para o ex-jogador de basquete Diego Falcão, trata-se de uma diferença biológica. Ele argumenta que é fisiologicamente impossível para mulheres competirem contra homens biológicos que se identificam como mulheres.
Em entrevista ao Conversa Paralela, Falcão citou o exemplo do atleta transsexual Lia Thomas para defender seu argumento.
“Ele era o número 400 e alguma coisa no ranking americano. Foi para o feminino e bateu todos os recordes. É uma questão fisiológica”.
Thomas foi proibido de participar dos Jogos Paris 2024, por decisão da Federação Internacional de Esportes Aquáticos. Também acredita que a criação de categorias específicas para esses atletas resolveria o impasse.
"Se o trans quer disputar uma Olimpíada, faça uma categoria trans”, disse em entrevista ao Conversa Paralela, podcast da Brasil Paralelo.
Assista à entrevista completa de Diego Falcão abaixo:
Segundo o portal NPR News, hoje pelo menos 24 estados nos Estados Unidos tem leis que impedem transgêneros de participar de determinadas competições esportivas femininas.
O governo Biden planejava burlar essas legislações ampliando o chamado Título IX, uma lei federal que impede a discriminação por gênero nas escolas.
Entre outros temas, a nova regra pretendia legalizar a participação de atletas transgêneros nos esportes. No entanto, o projeto não avançou.
Com a mudança de governo, é possível que aumente a resistência à transexuais em competições femininas aumente.
Durante sua campanha, Donald Trump prometeu impedir que esses atletas participassem de esportes femininos. Trump descreveu a situação como "uma loucura".
Em um comício na Virgínia no dia 3 de novembro, ele disse:
“Vamos garantir que homens não participem dos esportes femininos”.
O caso da San Jose State University envolvendo uma atleta trans reacendeu o debate sobre a participação de pessoas trans em esportes femininos. Enquanto algumas mulheres optaram por não competir, o governo Biden buscava ampliar a presença desses atletas.
Com a vitória de Trump, existe a possibilidade de que essa participação seja definitivamente proibida nos EUA.
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