O que diz a defesa de Felipe Martins?
Chiquini sustenta que o arquivo mostra um “decreto” em que Mauro Cid propunha instalar no Brasil um “tribunal constitucional militar”.
Ele afirma que o militar tentou convencer comandantes do Exército a aderirem à proposta, mas não obteve apoio.
“Afirmo: Mauro Cid queria o golpe. Ele criou uma minuta golpista e tentou convencer seus comandantes. Como ninguém aderiu, criou uma falsa narrativa para se blindar e tentou atribuir tudo ao Filipe Martins”, disse Chiquini.
Segundo ele, o documento teria sido omitido até agora e não faz parte do material divulgado anteriormente pela Polícia Federal.
Confronto com a versão já conhecida
A PF já identificou outra minuta fotografada por Mauro Cid em 28 de novembro de 2022, durante reunião com integrantes do Exército. Essa é a minuta pela qual Filipe Martins responde no STF, Cid o aponta como autor na delação premiada.
A defesa nega a participação de Martins e diz esperar que o novo material seja analisado pelo plenário. Martins chegou a ser preso preventivamente e hoje responde ao processo com tornozeleira eletrônica.
Chiquini classifica o caso como uma “farsa” e diz que seu cliente quer depor.
“Filipe Martins sonhava com esse julgamento. Está ansioso. Ele acredita que será absolvido.”
O advogado afirma que revelará o documento diretamente da tribuna do Supremo e publicou nas redes sociais que as provas “irão abalar o Brasil”.
O julgamento ocorre enquanto Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, segue como peça central nos processos sobre a tentativa de golpe.
Mauro Cid cumpre pena em regime domiciliar, por ter colaborado com as investigações como delator. O trânsito em julgado confirmou seu status.
O advogado de Martins sustenta que a nova minuta muda o foco da investigação e desmonta a versão apresentada na delação.