O filho e empresário de Milton Nascimento, Augusto Nascimento, confirmou que o cantor de 82 anos foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy (DCL).
Entre os principais sintomas sentidos pelo cantor estão:
A informação foi revelada em uma entrevista à revista Piauí e depois confirmada em uma publicação nas redes sociais.
Na postagem, o filho do cantor comenta que a situação foi se agravando sem que eles se dessem conta de que a doença estava se tornando cada vez mais grave:
“Com o tempo, as alterações foram se acentuando. O Parkinson, diagnosticado em 2022, avançando, e as pequenas atividades do dia a dia sofrendo impacto.”
Em seguida, ele comentou que fez uma viagem de motorhome pelos EUA ao lado do pai sem saber que era a última, Augusto comentou a importância do momento:
“Em maio, decidi fazer uma viagem de motorhome com ele. Rodamos aproximadamente 4.000 km, eu dirigia com ele sempre ao meu lado de copiloto e escolhendo as músicas - tal qual sempre fizemos em nossas boas viagens pelo mundo. De alguma forma, eu sabia que aquela viagem seria uma despedida desses momentos”.
De volta ao Brasil, após exames em abril, veio a confirmação da DCL. Augusto conta que a situação é dolorosa:
“Tem sido uma batalha diária, uma dor intensa e um vazio enorme no peito, pois, de alguma forma, o meu melhor amigo está me deixando aos poucos.”
Ele também conta que o pai tem demonstrado seu amor e proximidade com o filho de maneira silenciosa:
“Em alguns momentos, enquanto assisto televisão com ele, em meio ao silêncio, ele puxa e segura a minha mão. Também tem sido comum que ele só aceite fazer algumas refeições, quando eu estou ali o incentivando.”
A DCL é causada pelo acúmulo anormal de proteínas alfa-sinucleínas no cérebro, formando os chamados “corpos de Lewy”.
Afeta memória, pensamento, movimento e comportamento, podendo combinar sinais que lembram Alzheimer e sintomas motores associados ao Parkinson.
Entre as características clínicas descritas para DCL estão flutuações cognitivas, alucinações visuais, parkinsonismo e distúrbio do sono.
Não há cura: o tratamento é sintomático, com medicações usadas no Alzheimer e, para a parte motora, reposição dopaminérgica, além de manejo dos sintomas neuropsiquiátricos.
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