Deborah Lipstadt, professora de estudos sobre o Holocausto, teve que apresentar provas de que o holocausto realmente aconteceu diante de um juiz britânico.
Tudo começou durante uma palestra nos Estados Unidos, na qual ela foi confrontada por David Irving, um historiador conhecido por negar o genocídio nazista.
Ele a desafiou a provar que o Holocausto realmente tinha acontecido diante de sua plateia.
Irving era uma figura controversa. Autor de mais de 30 livros sobre a Segunda Guerra Mundial, afirmava que as câmaras de gás nunca existiram. Ele se apresentava como um especialista marginalizado pela “narrativa oficial”.
Pouco tempo depois desse encontro, Deborah recebeu a intimação formal do processo movido no Reino Unido, onde havia publicado o livro Negando o Holocausto.
Ela havia citado Irving na publicação, acusando ele de ser um “falsificador” e “admirador de Hitler”.
Em resposta, ele a acusou de arruinar sua reputação como historiador e abriu uma ação judicial.
Na Inglaterra, a lei de difamação exige que o acusado prove a veracidade do que afirmou.
Com isso, o fardo da prova ficou para Deborah, transformando o tribunal em um palco de uma batalha simbólica.
Com apoio de advogados renomados como Anthony Julius, Deborah optou por enfrentar o desafio no tribunal.
Ela não convocou nenhum sobrevivente do Holocausto para depor, decisão tomada para não expor uma vítimas à humilhação.
Outro ponto levantado por Deborah é que convidar um sobrevivente poderia dar a entender que não havia outra forma de provar que o genocidio aconteceu.
Então a defesa se concentrou em analisar minuciosamente o trabalho de Irving.
A equipe demonstrou ao tribunal que suas conclusões vinham de manipulações, distorções, traduções incorretas e omissões deliberadas.
O historiador Richard J. Evans, reconhecido mundialmente por sua trilogia sobre o Terceiro Reich, ajudou a equipe como perito.
O ex-Professor Regius de História em Cambridge e presidente do Wolfson College é autor de 18 livros e foi condecorado cavaleiro pela Coroa Britânica.
Ele é um dos entrevistados no épico História do Fascismo, da Brasil Paralelo.
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Depois de 32 dias de julgamento, o magistrado Charles Gray declarou que Deborah Lipstadt havia vencido.
Em sua sentença, afirmou que Irving era “antissemita”, “racista” e um “apologista de Hitler” que havia “distorcido a história de maneira deliberada e maliciosa”.
Irving foi condenado a pagar os custos do processo e acabou declarando falência dois anos depois.
Ele foi preso por três anos na Áustria em 2005, onde a lei considera que negar o Holocausto é crime.
O caso real é retratado no filme Negação, filme dirigido por Mike Jackson (Volcano: A Fúria) e estrelado por Rachel Weisz (A Múmia) e Timothy Spall (Harry Potter).
Esse filme está disponível na plataforma de streaming da Brasil Paralelo, junto com outros títulos escolhidos com base na qualidade e todas as produções originais.
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