Especial de Natal 2025

Dia 15 de dezembro, garanta seu lugar

Cadastro gratuito
Guerra Oculta - Estreia exclusiva
Evento de lançamento começa em
00
D
00
H
00
M
00
S
December 2, 2025
Ative o lembrete
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Educação
3
min de leitura

44% das crianças em idade escolar não estão alfabetizadas no Brasil

O censo escolar divulgado pelo IBGE no final de maio apontou que o país teve queda nos índices de estudantes entre 7 e 12 anos que sabem ler e escrever. Pandemia de Covid-19 é apontada como uma das causas.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/6/2024 18:15
Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Escrever um bilhete simples ou uma lista de compras. Possuir pelo menos uma dessas habilidades classifica a pessoa como alfabetizada pelo governo brasileiro.O censo escolar divulgado pelo IBGE no final de maio apontou que 93% da população do país possui essa capacidade. 

Os dados mostram que o analfabetismo no Brasil caiu pela metade desde o primeiro estudo, há 142 anos. Na época, apenas 44% dos cidadãos sabiam ler e escrever.

Entre os estudantes de escolas públicas que têm entre 7 e 12 anos, apenas 56% estavam alfabetizados no ano passado. O ministério da Educação acredita que o índice é consequência do ensino remoto.

A crise sanitária dos últimos anos pode ter causado a queda nos índices de alfabetização

Parte dos alunos que hoje cursam o ensino fundamental não teve acesso à pré-escola devido à pandemia causada pelo Covid-19. Para o MEC, essa pode ser a explicação para o alto número de estudantes que é incapaz de escrever um bilhete simples ou fazer uma lista de compras. 

São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais tiveram quedas significativas no número de crianças alfabetizadas em comparação com a pesquisa de 2019. 

Minas Gerais perdeu 4% de seu índice de crianças alfabetizadas em comparação com 2019. No Rio Grande do Sul a queda foi 5% nos últimos 5 anos

Outro estado que apresentou queda na porcentagem de crianças alfabetizadas foi São Paulo. Há 5 anos, o estado tinha 60% dos alunos de escolas públicas alfabetizados. Agora esse índice caiu para 52%, uma queda de 8 pontos percentuais.

Santa Catarina também contribuiu para a queda da média nacional. Em 2019, o estado registrou 69% de seus estudantes alfabetizados, agora o índice local caiu para 31%. 

Alfabetização é responsabilidade dos municípios

Uma das possibilidades levantadas pelo MEC é a de que os municípios não tiveram recursos para garantir o direito às crianças. A lei brasileira estabelece que a responsabilidade de alfabetizar os pequenos é do executivo local. 

Essa hipótese acompanha a estatística de alfabetização por cidades divulgada pelo censo. O documento aponta que em locais com menos de 20 mil habitantes é de aproximadamente 15%, dependendo da faixa etária. 

A ausência de recursos para investir na educação pode ter contribuído para a queda. A doutora em sociologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Betina Fresneda, opinou em entrevista a um portal de notícias que nas cidades com mais habitantes há mais infraestrutura, o que colabora para a obtenção dos melhores resultados.

A doutora afirma que o fato de muitos municípios ficarem em áreas rurais também influencia a estatística. Nesses locais, o acesso às instituições de ensino é mais difícil, o que aumenta a evasão escolar. 

Índices de crianças que sabem ler melhoraram em estados do nordeste

Uma surpresa positiva em relação à pesquisa foram os resultados da pesquisa no nordeste. No Ceará a alfabetização das crianças passou de 73% em 2019 para 85% na última pesquisa

A reportagem de um grande portal de notícias pontuou que esse resultado poderia ser atribuído à união entre os municípios e o governo estadual. A matéria informa que no estado os prefeitos recebem suporte do executivo para formar professores e adquirir material didático

Conta também que o ICMS arrecadado pelo governo estadual é revertido para esse fim, o que explicaria o sucesso no resultado da pesquisa. 

Por que realizar um censo escolar?

A realização de um censo escolar é fundamental. A Agência Brasil descreve que o levantamento permite compreender e monitorar a educação brasileira. 

A entidade explica que a estatística é usada para traçar estratégias que cumpram o Plano Nacional de Educação (PNE). É a maneira de o governo compreender como garantir ao cidadão o direito à educação

Pequenos hábitos podem contribuir para que as crianças desenvolvam melhor suas habilidades

Em sua aula no Travessia, da Brasil Paralelo, o professor Carlos Nadalim apresentou um dos aspectos mais importantes e pouco comentados sobre educação infantil: o desenvolvimento do capital familiar pré-escolar.

Segundo o professor:

"A família exerce, sim, um papel fundamental de estimulação dessas crianças antes mesmo do ingresso no ensino formal". 

Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) e das pesquisas do programa Estudo de Progresso Internacional em Alfabetização (PIRLS), as crianças cujos lares apresentam um ambiente favorável à leitura possuem um desempenho três vezes maior do que crianças de lares com baixo estímulo literário.

Nadalim aponta o baixo nível de leitura nos lares como um dos principais fatores para o sistema educacional brasileiro estar classificado entre os piores do mundo. Na edição de 2016 da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), 55% dos alunos no fim do 3º ano do ensino fundamental demonstraram um baixo conhecimento em leitura. 

No âmbito do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), 4 entre 10 alunos não eram capazes de ler uma palavra da avaliação. Clique aqui e leia a matéria completa. 

Melhorar a educação é a chave para o futuro do Brasil

O cenário apresenta desafios para a alfabetização no Brasil, mas há exemplos positivos que podem servir de modelo. 

A união de esforços entre famílias, escolas e poder público é essencial para reverter a queda nos índices de alfabetização e garantir que o maior número de crianças tenha acesso a uma educação de qualidade. Investir em políticas públicas eficazes, infraestrutura adequada e formação de professores é fundamental para melhorar a educação e o futuro do país. 

A promoção de hábitos de leitura nos lares e o apoio às comunidades vulneráveis estão diretamente relacionados ao aumento dos índices de alfabetização. A plena capacidade de ler e escrever é a condição básica para que qualquer pessoa tenha acesso à cidadania.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais