This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Você sabe qual a origem do nome do programa Big Brother Brasil (BBB)?

Conheça a origem do nome do reality show Big Brother. Sua história está ligada a um dos maiores romances da literatura inglesa.

Por
Publicado em
16/1/2023 18:42

Nesta segunda-feira (16/01), o programa Big Brother Brasil retorna ao ar pela emissora Rede Globo. O reality show é recordista de audiência e retrata o comportamento de um grupo de pessoas confinadas em uma casa por alguns dias.

A inspiração do programa envolve uma referência a um clássico da literatura.

Com uma dinâmica em que os participantes vivem sem informações sobre o exterior e sendo constantemente vigiadas por câmeras e telas, o nome Big Brother, faz referência ao personagem Grande Irmão do livro 1984, de George Orwell.

A tradução literal de Big Brother é grande irmão. Na distopia do escritor britânico, o Grande Irmão é um dos personagens da história, o líder supremo que comanda o regime político da Oceânia.

Na história do livro, o país fictício da Oceânia é comandado por um regime totalitário, o Estado controla todos os aspectos da vida do cidadão, seus pensamentos, suas falas, suas emoções e todo o seu comportamento.

Para aplicar eficazmente todo esse controle, diversas telas são espalhadas pelas cidades. Telas como a de televisores.

Como foi a criação do reality Big Brother?

Em 1999, o bilionário holandês Johannes Hendrikus Hubert de Mol Jr. desenvolveu o formato do reality show na Holanda. Responsável por outros programas de sucesso, como The Voice e Troca ou não Troca, Hubert era um dos principais nomes da Endemol, produtora responsável pela criação e distribuição do Big Brother.

John de Mol, autor da ideia, nega ter inspirado-se no livro de Orwell. Ele distingue entre o autoritarismo abordado em 1984 e o voyeurismo. Neste último caso, as pessoas não querem o anonimato, querem ser vistas.

No dia 16 de setembro de 1999, a primeira edição do Big Brother no mundo foi exibida pelo canal holandês Veronica TV.

O formato teve sucesso e se expandiu no ano seguinte para 19 países. Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e Espanha são alguns dos que adotaram o programa.

No Brasil, o primeiro BBB ocorreu em 29 de janeiro de 2002.

Como foi a chegada do Big Brother no Brasil

A Rede Globo comprou os direitos autorais da Endemol e passou a produzir versões brasileiras do programa. O Big Brother Brasil 1 foi um sucesso de audiência.

Na primeira versão do programa, não existia o termo “paredão”. Os participantes que eram indicados para o paredão corriam risco de serem eliminados daquela edição.

O termo utilizado era “berlinda”, instrumento de tortura antigo no qual a pessoa ficava presa pelas mãos e pela cabeça em uma haste de madeira.

O termo paredão surgiu após um dos participantes da primeira edição, Adriano Castro, ter apelidado a berlinda desta forma.

Talvez, porque o termo remeta aos fuzilamentos do regime cubano, que enfileirava dissidentes do regime para eliminá-los.

Desde a primeira edição, os participantes são constantemente vigiados por telas espalhadas pela casa, fazendo alusão ao enredo do livro 1984.

1984, de George Orwell

O livro cria um mundo fictício para explicar como os regimes totalitários são capazes de manipular as massas de diferentes formas e a partir disso controlar totalmente a vida das pessoas.

O romance é um clássico da língua inglesa, uma das obras mais lidas do mundo e que já foi adaptada às telas do cinema.

Sua narrativa apresenta temas atuais:

  • o que pode acontecer em uma sociedade altamente vigiada?
  • o que acontece quando essa vigilância torna-se um mecanismo para controlar as pessoas?

O livro constrói seu enredo sobre uma sociedade distópica. Distopias são a idealização de sociedades em condições de extrema opressão, desespero e privação.

Exatamente como intitula o livro, a história passa-se em 1984. A narrativa revela um futuro distópico em que o Estado é extremamente autoritário e impõe um regime de vigilância sobre a sociedade.

O romance acontece na cidade que um dia fora Londres, na fictícia Oceânia, território dominado pela repressão e pelo medo.

Nessa realidade, o partido Ingsoc impõe a vigilância do Grande Irmão, de cujo poder ninguém escapa. O lema desse partido é:

“GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA”.

O partido é representado por quatro ministérios:

  • Ministério da Verdade, responsável por tudo o que é escrito, seguindo a lógica de que o partido é infalível e nunca erra;
  • Ministério da Paz, responsável pela guerra;
  • Ministério da Fartura, responsável pela economia;
  • Ministério do Amor, responsável pela espionagem e controle da população.

Winston Smith, um homem de meia-idade, representando o contraponto ao regime, é o personagem principal do romance. Ele fazia parte do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade.

Sua função era alterar dados históricos e documentais para que nada contrariasse o que o partido preconizava. Toda a verdade era editada e o que não podia ser reescrito era destruído.

As estatísticas eram manipuladas para que tudo parecesse bom, ainda que estivesse de mal a pior, o que de fato acontecia. Os jornais eram alterados e a história era reescrita.

“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado”.

Na Oceânia estava a ex-Inglaterra, as ex-Américas, a ex-Austrália, a Nova Zelândia e parte da África. O mundo nesse lugar era sombrio e opressivo.

Pelas ruas viam-se cartazes com o escrito:

“O Grande Irmão está de olho em você”.

Além dos cartazes nas ruas, havia nos lugares públicos e nos mais íntimos – mesmo dentro das casas – um tipo de televisão que monitorava, gravava e espionava a população.

Eram as “teletelas”, ferramentas de controle espalhadas por todos os cantos, transmitindo mensagens e monitorando sem parar. Funcionam como televisores e como câmeras ao mesmo tempo, porque o Grande Irmão devia ver tudo e saber tudo.

Quais lições podem ser tiradas do livro 1984?

George Orwell terminou a obra no ano de 1949, por isso é uma distopia futurística, já que imaginou uma sociedade oprimida no futuro, mas que se apresentava como uma boa sociedade, avançada; isto é, uma utopia. Esse é um dos principais aprendizados, perceber que o mal se apresenta como um bem.

O mundo do futuro, como imaginado pelo autor, era ruim, distópico. Mas líderes totalitários não toleram críticas ou oposições. Eles reescrevem a história e definem que tudo vai bem, que a sociedade é um avanço, uma utopia.

O livro tratou de forma ficcional o tema do totalitarismo, assunto em voga em 1984, bem como comunismo, política, nazifascismo, tortura.

Na Ficção de 1984 de George Orwell, o Grande Irmão vê a tudo e a todos. O famoso reality show, Big Brother, representa algo similar, começando pelo nome e estendendo-se à vigilância com câmeras 24 horas por dia.

Fique atualizado com as principais notícias e os melhores artigos da Brasil Paralelo. Para não perder nenhum deles, toque neste link.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais