Um lançamento que parecia prever o momento de agitação social: Em 2013, foi publicado um livro que daria um norte teórico aos anseios inarticulados do conservadorismo adormecido: O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota, de Olavo de Carvalho.

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Era a coroação de um processo que já vinha ocorrendo há alguns anos de forma lenta e discreta, e que agora irrompia na consciência pública com a força de um palavrão.

Para observadores desatentos, a aparição de Olavo de Carvalho no cenário nacional pode ter parecido súbita e superficial, mas a impacto de sua mensagem se deveu a anos de preparação e estudo silenciosos.

Alçado ao reconhecimento por ousar questionar teorias da esquerda quando isso era tabu, a mensagem de Olavo atraiu brasileiros que se viam cansados de serem tutelados pela intelectualidade nacional, cujas idéias ele contestou em livros e artigos.

Foi contra a ideologização do pensamento que a voz de Olavo de Carvalho se fez ouvir.

Sua aparição ressuscitou no debate público brasileiro a discussão mais antiga do mundo, que tinha sido travada entre Platão e os sofistas, entre Jesus Cristo e Pôncio Pilatos: o debate entre os que acreditam que a verdade é relativa e aqueles que acreditam que a verdade existe.

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A obra de Olavo, distribuída em quarenta livros e milhares de horas de aulas, foi a herança que ele deixou para os brasileiros, um misto de erudição e ironia que, após sua morte em janeiro de 2022, possibilita suas chances de permanência e importância para a posteridade.