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Filosofia
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Quem foi Platão? Conheça as ideias do grande mestre do Ocidente

Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego de muita importância. Os motivos são a teoria do mundo das idéias e os estudos sobre virtudes e política.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
31/8/2021 14:11

Ainda hoje é importante saber quem foi Platão, porque a influência de sua filosofia permanece viva na cultura Ocidental. Suas ideias e seu legado sobre a vida de Sócrates influenciou nomes como Agostinho de Hipona. Sua alegoria da caverna continua a ser interpretada e permanece atual.

É um dos filósofos mais conhecidos e estudados, principalmente por ter se dedicado a publicar os Diálogos de seu mestre, Sócrates. Mas não só isso, ele também foi o responsável pela imortalização de citações de outros filósofos da Grécia Antiga, entre os quais se destacam Parmênides, Heráclito e Pitágoras.

Muitos dos escritos destes filósofos se perderam, e Platão foi fundamental para termos acesso ao que ensinavam. Aristóteles também foi responsável por conhecermos a filosofia de muitos deles, já que ele escrevia o que eles defendiam a fim de refutá-los.

Além de conhecer quem foi Platão, assista também aos documentários que já produzimos. A Brasil Paralelo tem a missão de resgatar os bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Conheça o nosso trabalho.

O que você vai encontrar neste artigo?

Biografia — Quem foi Platão

Platão foi um filósofo grego, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Está entre os principais filósofos gregos, cuja influência inspirou toda a Civilização Ocidental. Suas obras trataram principalmente sobre a imortalidade da alma,  o mundo metafísico, a busca da excelência humana e a essência da realidade.

Em sua obra, destacam-se a Teoria das Ideias ou Teoria das Formas e sua filosofia política no livro “A República”, no qual se encontra o mito da caverna.

Quem quiser saber quem era Platão pode não saber que seu nome verdadeiro era Arístocles. Ele foi apelidado de Platão por causa de suas costas e ombros largos.

Nasceu em Atenas em 428 a.C. e morreu em 347 a.C. Sua família era politicamente influente na Grécia, pois eram descendentes de Sólon, um dos maiores legisladores que já existiu.

Como a família detinha posses, ele foi um jovem aristocrata que pôde dedicar-se aos estudos. Sua formação envolveu leitura, escrita, música, pintura, poesia, ginástica e filosofia, entre outras.

Ele seguia Sócrates e prestava atenção em todos os seus Diálogos. Tinha capacidade de escrever e tomava notas.

Diferentemente de seu mestre, Platão deixou Atenas diversas vezes. Viajou para Megara, onde estudou geometria; foi ao Egito, onde aprendeu astronomia; aprendeu mais sobre matemática em Cirene, na África; e até mesmo o sul da Itália conheceu, tendo estudado em Crotona, onde reuniu-se com discípulos de Pitágoras.

Desde jovem interessou-se pela política, mas com o tempo acabou decepcionando-se com Atenas. Com a morte de Sócrates, ele preferiu dedicar-se à filosofia do que à carreira política.

Ele vivenciou inclusive o período em que o regime democrático ateniense se tornou uma tirania oligárquica no mesmo modelo de Esparta. Foi a Tirania dos 30, instalada quando Atenas perdeu a Guerra do Peloponeso para Esparta.

Falando em tirania, entenda como foi a Ditadura Militar no Brasil assistindo ao nosso documentário sobre o período: 1964 – O Brasil entre Armas e Livros.

A Academia Platônica

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"Escola de Atenas", pintura de Rafael Sanzio, no Palácio Apostólico do Vaticano.

Quando retornou à sua cidade natal, onze anos após a morte de seu mentor, fundou a Academia de Atenas em 388 a.C. para ensinar filosofia, ciências, matemática e geometria.

Havia exigências para entrar na Academia de Platão, por exemplo, os jovens deveriam ter boa condição física e conhecimento de geometria. O próprio Platão participou dos jogos Olímpicos como lutador.

Sua escola era diferente daquelas que existiam, que eram de retórica e oratória. As famílias abastadas colocavam seus filhos para aprenderem a se expressar melhor e defender em praça pública seus interesses. A cidade estava se desenvolvendo rapidamente e demandava dos jovens muita eloquência e habilidade de argumentação.

Muitos sofistas eram professores de oratória. Górgias, por exemplo, era um sofista que dizia que a verdade não existia e que se existisse não poderia ser conhecida. Em suas aulas, ensinava como convencer qualquer pessoa de qualquer coisa. Nisto, vemos porque Sócrates e Platão não gostavam dos sofistas.

Ele também combateu os vícios mostrados nos deuses da mitologia grega. Saiba mais sobre isso em nosso artigo sobre a importância do mito nos dias de hoje.

Platão queria estruturar a filosofia de uma forma diferente e dar respostas mais elaboradas, formando disciplinas.

Ele respondeu, por exemplo, as seguintes perguntas:

  • Como conhecemos?
  • O que é a alma humana e como ela se estrutura?
  • O que é ser bom e o que é o bem?
  • Qual é o sistema político ideal?

Era um continuador de Sócrates, mas não apenas perguntava. Ele buscou responder. Há Diálogos em que Platão apresenta um Sócrates que responde e não apenas questiona.

  • Além de escrever sobre quem foi Platão, também escrevemos sobre quem foi Sócrates. Leia o artigo que já escrevemos sobre ele.

Giovanni Reale foi um famoso filósofo italiano que dedicou-se a estudar o ensino da Academia Platônica, porque escrevia textos sobre a parte didática das disciplinas. A Carta Sétima de Platão contém um trecho no qual ele diz que existem coisas sobre as quais não podia escrever.

Ele ensinava coisas sobre as quais não escrevia. Os livros didáticos de sua Academia foram perdidos, restando apenas os livros escritos para divulgação. Sua Academia contrariava Górgias e Isócrates, também muito famoso na época.

Nas escolas desses sofistas, a Filosofia vinha primeiro e a oratória era a mais importante, porque envolvia falar e construir discursos. A Filosofia era instrumento do bem falar.

Platão fez o contrário, exigindo o amadurecimento antes do aprendizado da Filosofia, a principal entre as disciplinas.

Ele criou um sistema de ensino no qual primeiro o jovem precisava ser bom em educação física e geometria. Na sequência, aprendia-se a oratória, a escrita, a literatura. Enfim, ensinava-se a Filosofia.

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O método dialético

Ao retratar os Diálogos de Sócrates, ele introduziu na Filosofia o método dialético, isto é, o diálogo, perguntas e respostas, questionamentos em busca da verdade.

Seus personagens tratam de diversos temas da vida humana, seja na esfera pública ou privada.

Alguns dos principais temas abordados foram:

  • Alma humana;
  • Arte;
  • Medicina;
  • Sofrimento;
  • Prazer;
  • Política;
  • Justiça;
  • Religião;
  • Vício;
  • Virtude;
  • Castigo;
  • Natureza humana;
  • Sexualidade;
  • Amor;
  • Sabedoria.

Platão foi um filósofo muito consistente, filosofando de forma sistemática e rigorosa no exame dos assuntos. Usava o método dialético em assuntos políticos, metafísicos, éticos e epistemológicos. Certamente, ele está entre os mais importantes da Antiguidade Clássica.

Alguns de seus alunos se destacam, como Críton e Xenofontes, mas o principal foi Aristóteles, filósofo que retomou a Filosofia de seus antecessores, argumentou contra o que via de errado e propôs correções. Sem dúvidas, um intelectual imortalizado.

Mesmo tendo aprendido muito com Platão, resolveu seguir caminhos diferentes do mestre e também discordou dele. Em nossos artigos sobre Aristóteles, detalharemos mais sobre isto.

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Principais ideias e características da filosofia de Platão

Para entender melhor quem foi Platão, precisamos entender vários aspectos de sua filosofia. Explicaremos, separadamente, como a dialética, o racionalismo, o realismo e o idealismo estão presentes em sua concepção de mundo, mas saiba que tudo isso faz parte do mesmo sistema explicativo.

A seguir, perceba como tudo isso será necessário para compreender a Teoria das Formas e o Mundo das Ideias.

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Dialética

Este é o nome da técnica para alcançar uma conclusão a partir do diálogo, do debate entre ideias divergentes. A partir de um debate, alcançava-se um entendimento que resolvia as questões iniciais, geradoras da discussão.

Racionalismo

Para ele, o raciocínio é uma forma de se chegar a conclusões, utilizando a operação mental discursiva pelo caminho da lógica. O método dialético facilitava o uso da razão, para perceber o que fazia sentido e o que não fazia.

A partir de premissas, estruturando o pensamento, seria possível alcançar um entendimento que não existia antes do diálogo.

Realismo

Isto significa que Platão acredita na existência de ideias universais, que são as formas ideais. Por que o nome realismo? Porque ele defendia que as ideias perfeitas existiam realmente.

Sócrates buscava por definições, conceitos. Platão dizia que a ideia de brancura (ser da cor branca), por exemplo, existia de fato.

No diálogo Mênon, ele defendia que antes de nascermos, já teríamos visto as ideias em si mesmas, as ideias reais. Aqueles que já viram muitas ideias conseguem reconhecê-las mais facilmente neste mundo.

Idealismo

Isto significa que a verdadeira realidade não está neste mundo, sendo alcançada somente pela razão com a abstração. Segundo Platão, todas as coisas possuíam uma forma pura, livre de aparências. Estas ideias das coisas, seriam universais, puras e perfeitas, representando a essência.

Trata-se de um conhecimento inteligível, alcançado somente com a razão e não com os sentidos, fonte de obtenção do conhecimento sensível.

“Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro ser, mas, por defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior”.

Alcançando-se estas formas puras, alcançava-se um conhecimento verdadeiro da coisa em si mesma. Ele enfatizou isto porque ensinava que o conhecimento obtido a partir dos sentidos, o conhecimento apenas da parte material das coisas, era enganoso.

Principal Teoria de Platão - teoria das formas ou teoria das ideias

Sua teoria das ideias também pode ser dita como Teoria das Formas. Basicamente, ensinou que o que vemos possui uma essência e características acidentais. A ideia de essência levou Platão a novas teorias, e a elaboração de um novo mundo.

Uma cadeira pode ser de madeira ou de ferro, ter três ou quatro pernas, mas continuará sendo uma cadeira. A cor, o material de que é composta, sua aparência… tudo isso é um acidente. O que faz com que a reconheçamos como cadeira é sua essência, o que permanece independentemente de suas características externas, visíveis.

Esta essência é a forma.

Assim, quando falamos de ideias em Platão, estamos falando do verdadeiro ser de cada coisa, de sua essência, isto é, aquilo que dá o formato. Por isso, a forma.

Para mais formações acesse a página de documentários da Brasil Paralelo.

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