A China realizou um desfile militar na Praça da Paz Celestial, em Pequim, para marcar os 80 anos da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial.
O presidente Xi Jinping usou o evento para enviar uma mensagem ao mundo. Vestindo um terno inspirado em Mao Tsé-tung, afirmou diante de 50 mil espectadores que o crescimento da China é “imparável”.
“Hoje, a humanidade está diante da escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto, ganhos mútuos ou soma zero. O rejuvenescimento da nação chinesa é imparável”.
Ao lado de Xi estavam Vladimir Putin e Kim Jong-un. Também estiveram presentes líderes como Masoud Pezeshkian (Irã), Aleksandr Lukashenko (Belarus), Miguel Díaz-Canel (Cuba) e delegações de países da Ásia Central, além de Sérvia e Indonésia.
O Brasil foi representado por Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) dos BRICS, e pelo assessor Celso Amorim.
O desfile apresentou 45 formações militares e exibiu novos armamentos:
A ausência de líderes ocidentais reforçou a divisão global. Nas redes sociais, o presidente dos EUA, Donald Trump, lembrou que os americanos ajudaram a China na Segunda Guerra e acusou Xi, Putin e Kim de “conspirarem contra os Estados Unidos”.
Tradução: “A grande questão a ser respondida é se o Presidente Xi da China mencionará ou não a enorme quantidade de apoio e "sangue" que os Estados Unidos da América deram à China para ajudá-la a garantir sua LIBERDADE de um invasor estrangeiro muito hostil. Muitos americanos morreram na busca da China por Vitória e Glória. Espero que sejam devidamente homenageados e lembrados por sua bravura e sacrifício! Que o Presidente Xi e o maravilhoso povo da China tenham um grande e duradouro dia de celebração. Por favor, transmitam meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América”.
Durante a guerra no Pacífico, mais de 111 mil americanos morreram ou desapareceram. No total, foram 418 mil mortes dos EUA ao longo da Segunda Guerra.
O Kremlin, através do assessor Yuri Ushakov, negou que Putin esteja conspirando contra os EUA.
"Espero que tenha sido ironia [de Trump]. Não há conspirações, ninguém está tramando nada. Nenhum desses três líderes sequer teve tal ideia. Todos compreendem o papel que os EUA, o governo Trump e o próprio presidente desempenham nos atuais assuntos internacionais".
Há décadas China e Rússia disputam com os Estados Unidos a liderança da política global. Os dois países têm cada vez mais sucesso, enquanto os EUA passam por dificuldades para manter sua posição.
Uma nova Guerra Fria está acontecendo? O que acontecerá com o mundo se a China e a Rússia assumirem o protagonismo político?
Buscando analisar as consequências dessa disputa política internacional, a Brasil Paralelo elaborou o seu primeiro documentário internacional: O Fim das Nações.
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