O MST bloqueou novamente a Estrada de Ferro Carajás (EFC), no Pará, operada pela mineradora Vale.
Segundo os organizadores, a ação reuniu aproximadamente 6 mil pessoas, interrompendo completamente a circulação de trens de carga e de passageiros.
As operações da Vale na linha foram suspensas por questões de segurança. Esta é a segunda ocupação no mesmo trecho da ferrovia em cerca de cinco meses.
O movimento afirma que a interdição faz parte da "Jornada de Lutas por Reforma Agrária Popular e Defesa do Meio Ambiente".
As principais reivindicações são a retomada das negociações com o Incra e o assentamento definitivo de famílias acampadas na região.
Em nota, o MST declarou que a mobilização é resultado do "descumprimento de acordos firmados com o Incra e com a Vale" e que aguarda respostas efetivas desde dezembro.
Uma ação simultânea também foi reportada na Mina Cristalino, em Canaã dos Carajás, com cerca de 800 famílias envolvidas.
O MST é tema do mais novo documentário da Brasil Paralelo, MST: Terra Prometida. A produção conta com depoimentos de especialistas, políticos e ex-acampados.
A única exibição gratuita acontecerá hoje, 22 de maio, às 20 horas. Clique no link abaixo e não perca a única chance de assistir sem pagar nada:
Uma equipe da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas que se deslocava para outra operação foi impedida de seguir viagem pelos manifestantes.
Os manifestantes começaram a cercar o veículo policial e chegaram a subir em cima do carro.
Na confusão, a arma de um dos investigadores foi tomada por integrantes do movimento. Os organizadores do protesto informaram que a arma seria devolvida.
Uma equipe de reportagem que cobria a manifestação também relatou ter sido abordada por militantes.
Eles teriam exigido que as gravações fossem apagadas e pediram que não houvesse registro do ato.
Em comunicado, a mineradora declarou que "respeita direito à manifestação", mas repudiou.
"Qualquer ato que impeça o direito das pessoas ou empresas de desempenharem suas atividades e, sobretudo, que ameace a segurança e o direito de ir e vir".
A empresa reafirmou seu compromisso com o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado com o Incra para desenvolver ações de regularização fundiária e reforma agrária no Pará.
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