Lula defendeu as ações do MST durante um evento no Paraná para formalizar a criação do Assentamento Maila Sabrina.

O local foi oficializado pelo programa de reforma agrária Terra da Gente, mas os de 10,6 mil hectares foram invadidos pelo MST em 2003 e passaram por mais de 20 anos de disputas judiciais.

O presidente afirmou que o movimento não é ilegal e, na verdade, luta para que a lei seja cumprida:

"O que vocês fazem, a luta de vocês não tem nada de ilegal, é pra cumprir a Constituição. A luta de vocês é, na verdade, a história da dignidade do povo desse país, representada pelo movimento sem terra do Brasil."

O presidente também criticou aqueles que classificam os militantes sem-terra como "invasores":

"Nós temos a obrigação moral, obrigação ética e obrigação política de ver o que a gente viu aqui e ter coragem de debater com aqueles que são contra o Movimento sem Terra, que são contra a reforma agrária, aqueles que não conhecem o sacrifício e tentam vender a imagem de que vocês são invasores de terra. Na verdade, vocês são invasores de busca de dignidade, de busca de respeito, de busca de direito que vocês têm que ter."

Ele seguiu declarando que as ações do movimento são um esforço pela dignidade:

"O que vocês fazem, a luta de vocês não tem nada de ilegal, é pra cumprir a Constituição. A luta de vocês é, na verdade, a história da dignidade do povo desse país, representada pelo movimento sem terra do Brasil."

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Durante o discurso, Lula cobrou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para cumprir as promessas do governo sobre a reforma agrária, ou ser transparente sobre as dificuldades:

"Se não for possível, com a mesma verdade que a gente prometeu, a gente diz que não dá para fazer. Vamos dizer na cara que não dá para fazer."

Ao final de seu discurso, Lula também fez um agradecimento especial ao grupo que formou a vigília em Curitiba quando ele esteve preso entre 2018 e 2019.

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