As duas rendições da Alemanha
O Almirante Karl Dönitz, designado sucessor por Hitler, delegou ao General Alfred Jodl a tarefa de negociar com os Aliados ocidentais.
Dönitz esperava ganhar tempo para que mais tropas alemãs escapassem do avanço soviético e até tentou convencer os ocidentais a se unirem contra a União Soviética.
O General Dwight D. Eisenhower, comandante aliado no Ocidente, percebeu a manobra e exigiu uma rendição incondicional.
Assim, Jodl assinou no dia 7 de maio o "Ato de Rendição Militar", na cidade de Reims, França.
O acordo previa um cessar-fogo que deveria entrar em vigor às 23h01 do dia 8 de maio.
Por esse motivo o dia da vitória é comemorado no dia 8 de maio na maioria dos países.
Stalin exigiu um acordo diferente
No entanto, a notícia da rendição em Reims enfureceu o líder soviético Joseph Stalin. Para ele a URSS deveria ter um papel principal na rendição por tendo arcado com o maior custo humano na guerra.
Além disso, Stalin defendeu que o acordo deveria ser assinado em Berlim, a capital do Reich derrotado, pelo oficial militar alemão de mais alta patente para evitar um novo mito da “punhalada nas costas"
- Após a rendição alemã na Primeira Guerra Mundial surgiu a narrativa de que o país não havia sido derrotado militarmente, mas traído pela alta cúpula do exército. O Partido Nazista costumava falar sobre essa teoria.
Assim, em 8 de maio, o Marechal de Campo Wilhelm Keitel, comandante supremo de todas as forças alemãs, assinou um novo documento de rendição para os soviéticos em Berlim.
Keitel tentou adicionar uma cláusula para dar um período de tolerância às suas tropas antes de sofrerem penalidades por continuarem lutando.
Devido à insistência dos soviéticos em não aceitar a cláusula, o documento só foi assinado após o prazo do cessar-fogo, já nas primeiras horas do dia 9 de maio.
Por essa razão, até os dias de hoje a Rússia celebra o Dia da Vitória em 9 de maio. Este ano Lula participou da comemoração no país.
Lula celebrou o Dia da Vitória na Rússia
A agenda do presidente em Moscou também inclui outros compromissos. Ontem, ele participou de um jantar oficial.
O evento aconteceu no Grande Palácio do Kremlin. Estavam presentes outras autoridades e convidados internacionais que participaram das celebrações.
Dentre os convidados estiveram o ditador Nicolás Maduro (Venezuela), o presidente Miguel Díaz-Canel (Cuba) e o presidente Xi Jinping (China).
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