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Erika Hilton quer processar Meta na ONU

Deputada afirma que fim de checagem de fatos ameaça LGBTQI+ e outras minorias.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
8/1/2025 19:05
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Erika Hilton pediu que a ONU investigue a Meta por eliminar a checagem de fatos e flexibilizar a publicação de conteúdos em sua plataforma. 

A deputada acredita que a mudança aumentará a propagação de “discurso de ódio” na internet, além de “incitar a violência contra grupos minoritários”. 

Em sua conta no X, ela afirmou que não se pode “permitir que práticas que violam direitos fundamentais tornem-se impunes”.

“No Brasil, onde a transfobia e a violência contra LGBTQIA+ já atingem níveis alarmantes, decisões corporativas como essas colocam vidas em risco e enfraquecem o trabalho árduo por justiça e igualdade. Seguirei lutando por um ambiente digital, seguro e respeitoso para todas as pessoas, pela soberania do Brasil e pela regulamentação das redes sociais, contra o direito de cometer crimes na internet, conforme quer a extrema direita. Não vamos recuar!”, escreveu. 

pedido foi enviado ao professor e pesquisador Nicolas Levrat, relator especial da ONU para assuntos que afetam as minorias. 

Zuckerberg criticou o que chamou de censura

Em um vídeo divulgado ontem (7/1), Mark Zuckerberg falou que vai acabar com os checadores de fatos e substituí-los por notas dos usuários, mesmo modelo do X de Musk.

O dono da Meta chegou a dizer que a empresa conta com Trump para enfrentar governos que pressionam companhias americanas por mais censura.

“Vamos trabalhar com o Presidente Trump para reagir contra governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando pela censura”. 

Na representação na ONU, Erika afirma que membros de grupos como LGBTQIA+, “são alvo de ataques violentos e perseguições por meio de postagens e interações, mesmo quando denunciados”.

“Preocupa-nos especialmente a comunidade LGBTQIA+ no Brasil, que há mais de uma década ocupa o posto de país com as maiores taxas de assassinatos de pessoas trans globalmente. Isso inclui a denunciante, uma ativista trans, cujos direitos e segurança são diretamente impactados por esse ambiente”, diz o texto. 

Ainda não há prazo para o julgamento da solicitação. 

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