Aproximadamente 60 pessoas foram presas no domingo (8) em São Francisco, na Califórnia, durante protestos violentos em frente ao prédio do Serviço de Imigração (ICE).
O número se soma às mais de 150 prisões realizadas em Los Angeles desde a sexta-feira (6), marcando um fim de semana de caos e confrontos em resposta às políticas de imigração do governo de Donald Trump.
A situação escalou a tal ponto que o presidente ordenou o envio de 2.000 soldados da Guarda Nacional para Los Angeles.
A medida que acirrou a tensão política com o governador democrata do estado, Gavin Newsom.
Tudo começou em Los Angeles, quando manifestantes se reuniram para protestar contra uma série de batidas de agentes do ICE em locais de trabalho.
O protesto foi hostil, com gritos e arremesso de objetos contra os agentes, que responderam com spray de pimenta para dispersar a multidão.
Os protestos cresceram e se tornaram mais violentos, espalhando-se pelo centro da cidade e por subúrbios de maioria latina, como Paramount.
Manifestantes passaram a usar fogos de artifício e pedras contra a polícia, além de incendiar viaturas e carros particulares.
A polícia de Los Angeles respondeu com gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de efeito moral.
Diante da escalada, o presidente Donald Trump assinou no sábado a ordem para federalizar e enviar 2.000 soldados da Guarda Nacional da Califórnia para Los Angeles.
A decisão foi tomada contra a vontade do governador Gavin Newsom, que chamou a medida de "abuso de poder alarmante" e "deliberadamente provocativa".
No domingo (8), com a chegada das tropas, a tensão aumentou. Milhares de manifestantes foram às ruas, chegando a bloquear completamente a rodovia 101, uma das principais.
Novos confrontos com a polícia e a Guarda Nacional foram registrados. Em São Francisco, uma manifestação inicialmente pacífica em frente aos escritórios do ICE também se tornou violenta, causando a prisão de cerca de 60 pessoas.
O episódio gerou uma forte batalha de narrativas entre o governo federal republicano e as autoridades democratas da Califórnia.
Trump culpou a "esquerda radical" e "instigadores" pelos tumultos. Em uma publicação em sua rede social, a Truth Social, ele afirmou:
"Esses protestos da esquerda radical, por instigadores e, muitas vezes, manifestantes pagos, não serão tolerados. [...] A ordem será restaurada, os imigrantes indocumentados serão expulsos, e Los Angeles será livre."
Ele também chamou o governador Newsom de "incompetente".
Newsom e outros democratas, como o senador Cory Booker, acusaram Trump de agir de forma inflamável e de usar a força federal para "semear o caos e a confusão", em um claro abuso de poder.
O chefe da polícia de Los Angeles, Jim McDonnell, buscou distinguir os manifestantes, afirmando que a crescente violência foi culpa de "anarquistas" e "pessoas que fazem isso o tempo todo".
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