pelo movimento Reaja Brasil e apoiadas por aliados de Jair Bolsonaro.
Entre os presentes estava o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em seu discurso, ele defendeu a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro e criticou o Supremo Tribunal Federal.
Tarcísio abriu sua declaração relacionando o dia da independência ao cenário político atual.
“Hoje, mais uma vez, a gente está aqui celebrando os 203 anos de independência do Brasil. É possível celebrar a independência sem liberdade? Não existe independência sem liberdade.”
O governador afirmou que as comemorações não estão completas sem a presença de Bolsonaro.
“Essa festa não está completa porque Jair Messias Bolsonaro não está conosco. É fundamental que as pessoas possam ser avaliadas nas urnas. Só existe um candidato para nós: Bolsonaro.”
Grande parte do discurso foi dedicada à pauta da anistia. Tarcísio disse que o processo judicial é falho e comparou a situação com a Lei da Anistia de 1979.
“Se estamos hoje defendendo uma anistia é porque sabemos que o processo está viciado. Assim como em 79, tem que ser ampla e irrestrita. Tem que nos fazer reencontrar nossa tradição de reconciliação.”
O governador pediu diretamente que a Câmara coloque o tema em votação.
“Estamos aqui para dizer a Hugo Motta: paute a anistia! Presidente de Casa nenhum pode conter a vontade da maioria do plenário. Trazer a anistia para a pauta é salvar o país.”
A ANISTIA DE 1979 | com Silvio Navarro
Tarcísio afirmou que o julgamento em curso no Supremo tenta “reescrever a história” e não teria provas suficientes.
“Agora temos o julgamento de um crime que não existiu. Tentam inventar uma narrativa. Como vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova? Eles têm uma única delação que mudou de versão seis vezes. Uma delação mentirosa.”
Ele citou ainda uma fala do ministro André Mendonça como defesa do equilíbrio entre os poderes:
“O estado de direito fortalecido demanda autocontenção do Judiciário. O bom juiz deve ser conhecido pelo respeito e não pelo medo.”
Destacou também o crescimento da mobilização da direita nos últimos anos e disse que o movimento nasceu com Bolsonaro.
“Durante muito tempo, a direita ficou envergonhada, não falava, não ia para a rua. Isso mudou. Vocês representam a direita. Esse movimento nasceu com Bolsonaro e vai crescer com Bolsonaro.”
Ao encerrar, reforçou a anistia como caminho de pacificação.
“Não se pode destruir a democracia sob o pretexto de resgatá-la. Só há uma forma de resolver isso: anistia já, anistia ampla. Deixem o Bolsonaro ir para a urna, qual o problema?”
O governador Tarcísio de Freitas esteve em Brasília na última semana para buscar apoio político à aprovação da anistia.
Em declarações anteriores, Tarcísio afirmou que, caso seja eleito presidente em 2026, seu primeiro ato será conceder indulto a Bolsonaro, caso haja condenação.
Ele voltou a defender que a anistia seja construída pelo Congresso como uma “solução política”.
“Essa solução não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil”, disse, lembrando revoltas do período colonial e a Lei da Anistia de 1979.
O governador também cobrou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, coloque o tema em votação.
“Os presidentes da Casa têm que submeter isso à vontade do plenário, e não pode haver interferência de outro Poder”, afirmou.
O presidente da Casa já sinalizou a possibilidade de pautar o tema, mas aliados avaliam que o clima político ainda não está consolidado.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre anunciou que pretende apresentar um projeto alternativo, excluindo Bolsonaro do alcance da medida. A proposta prevê distinguir entre quem financiou ou planejou os atos e quem apenas esteve presente.
“Eu vou votar o texto alternativo. Eu vou fazer esse texto, eu vou apresentar”, disse Alcolumbre.
A declaração provocou reação do senador Flávio Bolsonaro, que reforçou a defesa de uma anistia “ampla e irrestrita”.
“Não existe anistia meia-bomba. Não tem outra alternativa a não ser uma anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou.
As negociações ocorrem em meio às comemorações do 7 de Setembro, que neste ano foram marcadas por manifestações em diferentes capitais.
Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista reuniu governadores, deputados e lideranças religiosas, todos em defesa da anistia e em crítica às medidas do STF.
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