Durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não teve qualquer contato com o suposto decreto que instauraria um Estado de Sítio no Brasil. Ele declarou expressamente: não leu nem alterou o documento.

O assunto veio à tona após as declarações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou delação premiada. Segundo Cid, o ex-assessor para assuntos internacionais, Filipe Martins, teria retirado algumas medidas do plano original. Bolsonaro, no entanto, fez questão de enfatizar que Martins não teve nenhum envolvimento com o caso:

“Eu conheço muito bem o Filipe Martins, se ele tivesse participado de qualquer coisa eu saberia precisar aqui qualquer contato com ele… Eu quero isentar aqui, por questão de consciência, o Filipe Martins”

• Assista ao depoimento ao vivo com a transmissão especial da Brasil Paralelo:

O ex-presidente também  comentou que o advogado de Anderson Torres, que depôs pouco antes, teria dito que o decreto talvez tenha sido feito por um coronel.

Segundo as delações de Mauro Cid, Martins foi um dos responsáveis por redigir o documento.

‍O ex-assessor chegou a ser preso preventivamente por ordem de Moraes, que alegou risco de fuga. Ele foi solto cerca de seis meses depois.

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