O conclave que elegerá o próximo papa terá início na quarta-feira, 7 de maio. Mais do que a escolha de um nome, a decisão definirá os rumos da Igreja Católica diante de desafios culturais, espirituais e institucionais.
Entre os temas que estarão no centro das reflexões do conclave, estão:
A escolha do novo papa acontece em um cenário de transição. A fumaça branca anunciará não apenas o nome de um líder, mas o caminho que a Igreja pretende seguir diante das tensões e esperanças do século XXI.
Ele convidou leigos a participar dos chamados sínodos, reuniões oficiais que discutem temas sensíveis da vida e da doutrina da Igreja.
A medida foi criticada por setores que defendem a centralização das decisões no clero.
Durante seu pontificado, o papa Francisco permitiu oficialmente que mulheres atuassem como leitoras e acólitas, além de nomeá-las para cargos de destaque no Vaticano, como a subsecretária do Sínodo dos Bispos.
Ao mesmo tempo, reafirmou que o ministério ordenado permanece reservado aos homens, mantendo a tradição doutrinária da Igreja.
A discussão foi adiada, e líderes eclesiásticos seguem divididos. Para alguns, a medida abriria caminho à ordenação sacerdotal, contrariando a tradição milenar da Igreja.
Em 2019, durante o Sínodo da Amazônia, foi apresentada uma proposta para ordenar homens casados em regiões com escassez de padres.
No entanto, o documento final não abordou diretamente o tema, limitando-se a destacar a necessidade de ampliar a presença de outros ministérios na região.
“São necessários sacerdotes, mas isto não exclui que ordinariamente os diáconos permanentes – deveriam ser muitos mais na Amazónia –, as religiosas e os próprios leigos assumam responsabilidades importantes em ordem ao crescimento das comunidades e maturem no exercício de tais funções, graças a um adequado acompanhamento”.
Em relação ao divórcio, Francisco orientou os padres a acolherem fiéis em segunda união e incentivou a escuta de cada caso, sem alterar as normas canônicas sobre comunhão e nulidade matrimonial.
Em 2024, abordou a questão do acolhimento na Igreja, enfatizando que todos são bem-vindos. Ele escreveu um documento chamado Fiducia Supplicans, sobre a bênção de casais homossexuais, afirmando que a bênção não deve ser negada a ninguém.
No entanto, esclareceu que, embora a Igreja acolha a todos, as uniões homossexuais não podem ser abençoadas, conforme o ensinamento tradicional da Igreja.
Durante seu pontificado, o papa Francisco promoveu a maior revisão do Código de Direito Canônico em mais de 40 anos.
Ele endureceu as regras contra abusos cometidos por clérigos, incluindo casos de corrupção de menores e posse de pornografia infantil, e reforçou que os bispos devem aplicar com rigor as normas da Igreja.
“O objetivo é reduzir os casos em que a aplicação de penas fica a critério das autoridades”, afirmou o Papa, ao explicar que a justiça não pode ser ofuscada por uma interpretação excessiva da misericórdia.
O novo papa será eleito nos próximos dias, e os olhares se voltam para Roma, à espera da fumaça branca e daquele que irá liderar a Igreja nos próximos anos.
O próximo papa terá de lidar com uma Igreja em transição, marcada por desafios culturais, espirituais e institucionais. A decisão tomada nos próximos dias definirá os rumos da fé de mais de um bilhão de católicos no mundo.
No Especial Papado, o professor Raphael Tonon apresenta a trajetória e o legado do papa Francisco e a história do papado desde São Pedro até os dias atuais. Além disso, expõe como funcionará a eleição do próximo papa.
Assista ao terceiro episódio, A história e os segredos do conclave:
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