O governo de Miguel Díaz-Canel culpa a falta de farinha aos embargos comerciais norte-americanos, que supostamente dificultaria o acesso a recursos e as negociações financeiras no país. Autoridades cubanas afirmam que, em outras ocasiões, o bloqueio já teria resultado em falta de outros alimentos, combustíveis e medicamentos.
Em março de 2024, a falta de combustível disponível levou o país a decretar um racionamento de energia.
“Temos que aceitar”, declara cubana
O pão ainda era um dos poucos alimentos subsidiados pelo governo de Cuba.
A falta de alimentos desagrada e preocupa a população. Uma moradora relatou à agência Reuters:
“Temos que aceitar. O que mais podemos fazer? Não há nada a fazer”.
O governo enfatiza que a mudança é temporária.
O atual governo de Cuba é uma ditadura
Até a década de 1960, Cuba tinha uma economia potente. Atualmente, vivencia uma grave crise de insumos.
Miguel Díaz-Canel tornou-se presidente de Cuba em 2018. Ele sucedeu Raúl Castro, de quem foi vice-presidente. Prometeu também manter o sistema de partido único no país.
A liberdade em Cuba
Cuba possui um ambiente repressivo para a imprensa, sendo considerado o país mais restritivo das Américas pela Freedom House. A mídia é controlada pelo Estado, jornalistas e críticos enfrentam intensa perseguição. Apesar disso, houve uma leve abertura desde 2017.
O acesso à internet é limitado e caro e o governo frequentemente bloqueia sites independentes.
Relações com o Brasil
As relações entre Brasil e Cuba oscilam. O Brasil reconheceu o governo revolucionário cubano em 1959, mas rompeu relações em 1964, durante o regime militar. Elas foram retomadas em 1986. Durante o governo de Dilma Rousseff, a aproximação das nações ocorreu por meio do programa Mais Médicos. Com a eleição de Jair Bolsonaro em 2019, houve um distanciamento, e Cuba retirou seus médicos do Brasil.
A atual gestão do presidente Lula tem resultado novamente em uma aproximação entre os dois países.