A decisão provocou reação imediata de parlamentares da oposição
O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do partido na Câmara, criticou a estatal por, segundo ele, “gastar dinheiro público promovendo o ‘Abril Vermelho’”.
Kim Kataguiri também se manifestou, dizendo que os Correios se tornaram “promotores de pautas militantes para atacar opositores”.
O lançamento acontece em um momento delicado para a empresa. O prejuízo de 2024 foi quatro vezes maior do que o do ano anterior, que havia sido de R$597 milhões. É o primeiro resultado negativo bilionário desde 2016.
Segundo a direção da estatal, parte do déficit vem da chamada “taxa das blusinhas”.
Entenda a “taxa das blusinhas” e como ela afetou os Correios
A “taxa das blusinhas” é como ficou conhecido o imposto criado em 2024 sobre compras internacionais de até 50 dólares. Aprovada pelo Congresso, a regra impôs 20% de imposto de importação, além do ICMS estadual, que subiu para 20% em nove estados.
Segundo os Correios, a medida gerou um prejuízo de R$ 2,16 bilhões e ajudou a reduzir em 37% a receita da estatal nesse tipo de encomenda.
- O número de encomendas internacionais caiu 11% entre 2023 e 2024, segundo a Receita Federal.
- Os Correios perderam espaço para novas empresas no transporte de pacotes do exterior.
- Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Roraima e Acre aumentaram o ICMS de 17% para 20%, encarecendo ainda mais as compras.
A presidência da empresa também alega que enfrenta um “legado de sucateamento” e que investiu R$830 milhões em modernização e infraestrutura no último ano.
Pedido de CPI
Diante da crise, o senador Márcio Bittar (União-AC) protocolou um pedido de CPI para investigar a situação financeira da estatal.
O requerimento já conta com apoio de outros senadores, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou que “os Correios estão afundando nas mãos do PT” e pediu que seus apoiadores pressionem o Congresso pela instalação da comissão.
MST é o tema do novo documentário da Brasil Paralelo
Há décadas, o MST cobra recursos para assentamentos e a realização da reforma agrária. Mas o problema parece não ter fim. A terra prometida nunca chega.
Para entender a razão, a Brasil Paralelo investigou as origens, ideias e práticas do movimento. Visitou grandes ocupações. Ouviu relatos de quem vive essa realidade todos os dias.
O resultado é o documentário MST: Terra Prometida, uma obra exclusiva, com informações pouco conhecidas e análises que dificilmente chegam ao público por outros meios.
O documentário será exibido gratuitamente no dia 22 de maio. Depois disso, ficará disponível apenas na Área de Membros da Brasil Paralelo.
Toque aqui para se inscrever e garantir o acesso à exibição gratuita
Você também pode se interessar